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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Após sofrer assédio enquanto pedalava, ciclista cria marca fitness empoderada

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Por Marcela Paes
Atualização:

A empresária Fernanda Dias, da marca Deixa Ela Treinar. Foto: Thiago Britto

Acostumada a fazer treinos de ciclismo de longa distância em estradas, Fernanda Dias Coelho foi surpreendida em diversas ocasiões por situações de assédio durante seu treino. Na mais marcante, um carro entrou no acostamento onde ela estava e um homem tentou tocá-la.

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"Eu estava a uns 30 quilômetros por hora e o carro a 80 km/h. Isso poderia ter sido um acidente grave", conta. Indignada, Fernanda chegou em casa e fez um post nas redes sociais para desabafar sobre o caso, usando a hashtag #deixaelatreinar. "A frase também remete ao tempo que nós, mulheres, temos que reservar para nós mesmas. Eu sou mãe solteira e tenho que deixar tudo bem organizado antes de sair para praticar um esporte", diz.

O sucesso do post - que viralizou - deu origem à marca de mesmo nome, que comercializa roupas para treinos de diversas modalidades com a frase estampada. A empreitada começou em 2019 com a venda de 10 meias e recebeu um investimento de R$ 150 mil pelo Shark Tank Brasil.

"Fazemos peças para todo tipo de corpo, com preocupações com o tipo de tecido, para que não marque a lingerie e não fique transparente", explica. Agora, a mineira que faz doutorado em relações de gênero dentro do esporte, destina parte das vendas para a doação de absorventes íntimos para a instituição Casa da Mulher, de Juiz de Fora.

"Alguns homem dizem que não sabiam desses problemas e outros dizem que é exagero. Mas o que importa é a mensagem".

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