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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Após a Mãos Limpas, Itália ainda sofre com corrupção

Por Sonia Racy
Atualização:

GHERARDO COLOMBO, PIERCAMILLO DAVIGO, DELTAN DALLAGNOL E SERGIO MORO. FOTO: FELIPE RAU/ESTADÃO 

Bastante resignado, Gherardo Colombo, ex-juiz e promotor à época da operação Mãos Limpas, contou ontem à plateia do auditório do Estadão, no debate sobre a Lava Jato, que a Itália continua sofrendo hoje com a corrupção, tanto como antes. "A diferença é, antes, quem era pego pela Justiça, tinha vergonha. Hoje, ninguém tem mais".

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Indagado, depois, sobre uma possível influência doa sucesso da Lava Jato em uma volta de nova operação Mãos Limpas, Colombo não se animou. "O impacto será zero."

Lava limpo 2

Sergio Moro discordou e classificou a Mãos Limpas com um sucesso. "A sociedade é que esperava, da Justiça, mais do que deveria. O juiz de Curitiba impressionou boa parte dos presentes. As palavras mais ouvidas eram "equilíbrio", "foco" e "determinação".

Moro também deixou claro, mesmo que indiretamente, por que está se expondo: "Sem o apoio da sociedade e esforços de outras áreas governamentais, tudo pode terminar "à italiana".

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Lava Limpo 3

Dallagnol, por sua vez, comparou o desânimo dos brasileiros em voltar às ruas com experiências científicas feitas com cães presos em compartimentos. "Uns levaram choque mas apreenderam a desligá-lo apertando um botão com o nariz. Aos outros não foi dada essa opção".

Conclusão: presos em outro lugar, os cães com experiência de "saída" pularam uma cerca quando receberam choques. Os outros "sem saída" deitaram e desistiram.

A saída do brasileiro hoje, segundo Dallagnol, é o voto.

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