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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Advogada fala de proteção à mulher e à comunidade LBTQI+ sem 'juridiquês'

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Por Marcela Paes
Atualização:

Iara Morselli  

A advogada Fayda Belo começou sua segunda carreira - como influencer digital - quase por acaso. Em março do ano passado, ela esperava seu carro chegar e resolveu comentar com seus poucos seguidores um vídeo a que assistia. A postagem - em que ela analisava juridicamente o caso de uma garota que supostamente perderia o direito à herança da mãe por ser lésbica - acabou viralizando nas redes.

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"Saí de mil seguidores para 60 mil em três meses. Hoje tenho 144 mil no Instagram e cerca de um milhão no TikTok", diz a capixaba. Fazendo uso de uma linguagem simples, que foge dos termos rebuscados do meio jurídico, Fayda explica leis e conceitos de forma didática. Falas racistas, casos notórios de agressão contra mulheres e temas voltados à proteção dos direitos da comunidade LGBTQI+ estão no seu radar

"Eu sou bem bravona, bem oito ou 80! Até em audiências. Se o promotor grita, eu bato na mesa. Fico indignada ao ver casos de racismo, violência contra mulheres", afirma ela, que já é conhecida por bordões como "Pode não, é crime!" e "Epa, aí é comigo".

A assertividade e certa semelhança física com a personagem de Viola Davis na série americana How to Get Away with Murder lhe renderam o apelido de Annalise Keating brasileira entre seus fãs. "Acho que é porque nós duas somos bem diretas. Eu falo mesmo", ri Fayda.

Para a advogada, o mais gratificante no trabalho como influencer é ajudar as pessoas a 'descobrir' seus direitos perante a lei, além de aprender a respeitá-la. "Recebo inúmeras mensagens de pessoas me agradecendo, gente que era vítima de crimes e nem sabia. Também acho que muitos vídeos são úteis para que os cidadãos não virem réus".

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