Durou pouco o bom-humor de ambientalistas que saíram de Paris esperançosos ao ouvir o discurso da presidente Dilma na cúpula do clima, em dezembro. A decepção veio na semana passada, quando ela sancionou o Plano Plurianual - em que vetou os planos sobre energias renováveis e alternativasmas sem tocar nos trechos sobre hidrelétricas ou termelétricas.
Em textos na rede, o ex-deputado Alfredo Sirkis classifica o veto de 'surrealista, meio incompreensível" e Marcio Santilli, do Instituto Socio-Ambiental, diz que "são vetos do passado contra o futuro", porque "protegem o modelo corrupto de geração centralizada".
E a volta do Congresso à ativa, no início de fevereiro, traz novas preocupações. Já nos primeiros dias deve entrar em pauta o chamado "licenciamento fast-track", que encurta os prazos para concessão de licenças ambientais. E depois vem a PEC 215, que transfere do Planalto para o Congresso a palavra final sobre demarcação das terras indígenas.
É grande o risco de que as ONGs do setor serem derrotadas nas duas causas.