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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Abraço dos afogados

Por Sonia Racy
Atualização:

Centro das atenções, Eduardo Cunha não chegou a empolgar, ontem, os 502 convidados de João Doria para almoço-evento do Lide em SP. Mas a palestra do presidente da Câmara, no hotel Grand Hyatt, tampouco despertou rejeições maiores. . "Quem está morrendo afogado abraça jacaré achando que é tronco" atirou, irônico, um dos empresários presentes - o que resume, de certa forma, o sentimento da iniciativa privada ante o cenário político-econômico do País. . Hoje, a falta de confiança retratada nas pesquisas está se transformando em algo mais profundo: falta de esperança. .Afogados 2 . No seu discurso, Cunha disse que Joaquim Levy o procurou antes de diminuir a meta do superávit primário, semana passada, e lhe contou que as empresas estão deixando de pagar impostos. . Em outro momento, o deputado afirmou que o projeto de repatriar recursos, de onde o governo quer tirar R$ 11,5 bilhões ainda este ano, não deve ser aprovado. Ele tampouco acredita na arrecadação de R$ 5 bilhões com concessões ou na MP do novo Refis, de onde poderiam sair mais R$ 10 bilhões. . Encurtando: nada de receitas extraordinárias no horizonte. E, portanto, vem aí superávit negativo..Afogados 3 . Na linha propositiva, entrou, pelas mãos de Roberto Giannetti e Paulo Rabello de Castro, ambos do Lide, proposta de um Pacto Brasil. . Consistindo em quê? Em uma série de contrapartidas recíprocas entre Congresso e sociedade civil que resultem em benefício coletivo, trazendo o Executivo a reboque. . E focado em reformulação do Estado, reforma tributária e até aumento de impostos.

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