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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

A mostra Telas Preta dá vitrine para obras de artistas afro em 240 lojas de celular

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Por Redação
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 Foto: Igi Ayedun

A mostra "Telas Pretas" dá vitrine para a cultura afro-brasileira. Obras de jovens artistas negros estão sendo exibidas de modo digital em 240 lojas Vivo pelo Brasil até o fim do mês. "A partir do momento em que você passa em uma loja, está diante dela. E eu acho que isso é incrível: o acesso que esse tipo de exibição permite", afirmou à coluna Igi Ayedun, curadora e artista, filha de Karen de Oxum, uma sacerdotisa do candomblé e de Alexandre Mello, um ex-diretor da Fundação Palmares, que já se foi.

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Os artistas Brasilandia.co, Rainha F, Silvana Mendes, João Moxca e Manauara Clandestina participam da mostra por ocasião do mês da Consciência Negra. Também Gabriel Massan, que vive atualmente em Berlim, e tem videoarte sendo exibida no Shopping Morumbi, em São Paulo. Em uma tela grande, criaturas esculpidas em 3D com colorização especial capturam os olhares de quem passa. Pouco estática, é como se a mostra "invadisse" um local improvável com arte cinética, com prática artística, reflete a curadora.

Obra de Silvana Mendes no Projeto Vivo Telas Pretas.  

Além do tema da equidade social em espaços diversos, a iniciativa levanta a discussão sobre a representatividade negra na arte brasileira. "Há trabalhos que olham direto para a construção social do que é ser negro no Brasil, outros tratam de sonhos, expectativas de transformação de nossas realidades", conta Igi. "A arte brasileira é a arte negra", arremata. Em novembro, as obras serão exibidas na galeria fundada por ela, a Arte HOA, na Vila Buarque, dirigida por uma equipe 100% negra.

| PAULA BONELLI

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