A Lava Jato e as delações não impediram a Odebrecht de fazer, como em todo dezembro, sua tradicional reunião anual. Reunidos ontem em Salvador, cerca de 250 executivos discutiram o futuro do Grupo.
No fim do encontro, Emílio Odebrecht acabou fazendo um mea culpa: "No Brasil, estamos vivendo um período de transição nas relações entre o poder público e atividades privadas. Reconhecemos nossos erros e aprendemos com eles. Não podemos reincidir em erros de comportamento - nem em ação, nem em omissão. Não podemos mais aceitar desvios de conduta", avisou.
Catequização
E ao dizer que a empresa pretende voltar a crescer em... 2018, Emílio sentenciou: "A mais importante missão dos nossos líderes hoje é a formação de novos ". Sua fala vai ao encontro das preocupações de funcionários do Grupo.
Com a delação de 75 executivos - mais a do próprio Emílio e a de Marcelo- a dúvida que paira, agora, é: quem sobrou para tocar o Grupo? Afinal, quase toda a cúpula foi abatida em voo.