Por que o #VoltaLaranja virou assunto número 1 no Twitter

Na noite de ontem, o assunto mais falado no Twitter não era o cantor Michel Teló, nem as partidas de futebol de São Paulo e Santos. Em primeiro lugar nos Trending Topics brasileiros apareceu a hashtag #VoltaLaranja. Conforme a tag ganhava popularidade, mais usuários do Twitter perguntavam qual era seu significado:

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
 Foto: Estadão

Na verdade, o termo foi criado por alunos do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Sagrado Coração, no bairro da Pompeia, em São Paulo para homenagear uma professora (a escola disse que ela pediu para sair e os alunos acreditam que ela tenha sido demitida). Elizabeth Laranjeira era professora de Literatura há 15 anos no local."Ela era um ícone da escola, gostávamos muito dela", diz o aluno Felipe Foroni, 16 anos. "Na semana passada, ela nos deu aula normalmente".

O primeiro a reclamar pelas redes sociais foi Rafael Reyna, de 17 anos. Ontem, às 9h da manhã, ele tuitou "#voltalaranjera". Em seguida, o termo foi modificado para #voltalaranja e se espalhou entre as contas de alunos do Sagrado Coração. De acordo com o site Topsy, foram 1585 menções à professora desde aquele momento. Também pela internet, os adolescentes combinaram de fazer uma homenagem pacífica no pátio do colégio. "Além de pendurar os cartazes, usamos camisetas laranjas para lembrar a professora", conta Lucas Vasconcellos, 17 anos.

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Não foi a primeira vez que um protesto de alunos do Ensino Médio chega aos assuntos mais comentados do Twitter. Em fevereiro do ano passado, estudantes do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo atingiram o terceiro lugar dos Trending Topics brasileiros com a hashtag #abaixoacalu, reclamando dos preços praticados pela cantina do local. Na ocasião, os adolescentes combinaram um boicote e levaram todo o lanche de casa.

Procurada pelo Blog do Curiocidade, a diretora do Colégio Sagrado Coração de Jesus disse que não entraria em detalhes sobre a saída da professora para "preservar a privacidade dela". Garantiu que nenhum estudante seria punido pelas manifestações, já que elas foram pacíficas. Quando a reportagem perguntou seu nome, a diretora disse que não informaria e que "proibia a publicação dessa história".

(Com reportagem de Míriam Castro)

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.