Estadão
14 de março de 2013 | 22h31
Em 2003, uma medida da Anvisa proibiu as maternidades de furarem as orelhas das bebês recém-nascidas. Como a cartilagem dos bebês é muito nova, o risco de dor é bem menor. Enfermeiros começaram a oferecer esse tipo de serviço. Vão até a casa das famílias para colocar o primeiro brinquinho. O técnico de enfermagem Ronaldo do Nascimento, 35 anos, foi além. Deu nome ao serviço (Meu Primeiro Brinquinho) e criou até um blog na internet para divulgá-lo. Ele trabalha há 10 anos com vacinação infantil e de idosos no posto de saúde da Avenida Indianópolis, em Moema. “Na casa do cliente, o ambiente é mais propício e seguro para o bebê”, diz. O processo envolve materiais descartáveis. O furo, por exemplo, é feito com agulha esterilizada. A bebê precisa ter tomado algumas vacinas.O serviço custa R$100 na capital e R$150 na Grande São Paulo.
A pedido do Blog do Curiocidade, o ginecologista e obstetra Dr. Lúcio Ferreira de Castro, do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, no Belenzinho, deu algumas dicas para quem vai recorrer a esse tipo de serviço:
1. Ter sempre o aval do pediatra.
2. Os furinhos devem ser feitos depois dos três meses. Mas, para se certificar que eles não ficarão desiguais com o tempo, os pais precisam esperar até a bebê ter um ano de idade.
3. Veja se as mãos do enfermeiro estão bem limpas. Confira também a esterilização do material utilizado e assepsia da orelha do bebê”. Além disso, o doutor Lúcio frisa que o serviço deve ser feito por uma pessoa muito bem recomendada e de confiança. “Os furos são uma medida de estética que pode se tornar um problema sério e definitivo”, diz.
4. Quanto ao material, ele alerta que, apesar de mais caros, os brincos de ouro e ouro branco têm menos riscos de causar reações alérgicas nas crianças. “Como estamos falando de um ser humano sem quase nenhum sistema de defesa, é preciso ter muito cuidado”, afirma.
Serviço:
Meu Primeiro Brinquinho – 98127-0627 /96058-3020
(Com colaboração de Juliana Tamdjian e foto Alex Silva/Estadão)
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