A fábrica, que fica no bairro da Casa Verde, tem cerca de 300 m² e dez funcionários. Maria chegou ao Brasil em 1963, aos 11 anos. Trabalha com pastéis desde 1966, inicialmente numa barraca montada pelos pais. Ela largou os estudos na segunda série do primário para ajudar os pais na produção do quitute. A fábrica existe há apenas um ano e quatro meses. Antes, Maria preparava os recheios e a massa em casa. Quando percebeu que precisaria expandir o negócio, trocou alguns equipamentos que tinha e montou a fábrica. Ali, são preparados diariamente os pastéis que vão para as feiras do dia seguinte. Maria não revela quantas unidades produz, mas calcula gastar mais de 250 quilos de farinha por dia. Junto com ela, trabalham o irmão, Claudio Yonaha (gerente de compras), e o cunhado, Yassudi Nakamadsu (relações públicas). Os responsáveis pela massa e pelos recheios são os mesmos há 20 anos: João Batista Remijo e Jarilson Paes Carvalho, respectivamente.
Ao todo, a fábrica tem quatro máquinas para fazer a massa, usadas para misturar os ingredientes, modelar, enrolar e fechar o pastel. Os recheio são feitos separadamente, em uma cozinha que fica ao lado do setor de massa. Maria não participa mais da produção, mas gosta de checar pessoalmente cada etapa. "Todos os dias faço questão de experimentar um pouco de cada recheio, e também passo o olho pra conferir a limpeza", diz.
Serviço: Fábrica e pastelaria - R. Valdemar Martins, 204, Casa Verde, 2236-1026. Pastelaria - R. Fradique Coutinho, 580, Pinheiros, 2373-7071. Às quartas, também há Pastel da Maria nas feiras das ruas Cayowaá (Perdizes) e Dr. César (Santana). Aos sábados, a barraca vai para a Alameda Subtenente-Aviador Francisco Hierro (Parque Novo Mundo). Aos domingos, para a Rua dos Trilhos (Mooca).
(Com colaboração e fotos de Karina Trevizan/AE)