Cristina Padiglione
05 de agosto de 2015 | 11h45
No momento em que o setor de TV paga volta a pressionar o governo brasileiro, por meio da Anatel, da Ancine e do Ministério das Comunicações, pela cobrança de isonomia de obrigações e tributações entre este segmento e as empresas que entregam serviços de vídeo sob demanda pelo sistema Over The Top (OTT), a Netflix, principal alvo das operadoras de TV paga nessa cobrança, anuncia a produção de sua primeira série nacional, batizada como “3%”.
Alimentar o audiovisual nacional e abraçar o cinema brasileiro é tudo o que a Ancine e o ministério da Cultura querem das estrangeiras que aqui vêm oferecendo seus serviços por demanda.
A cobrança pela política de isonomia foi um dos principais assuntos tratados na abertura do congresso ABTA 2015, ainda nesta terça, 4, da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, na presença de autoridades da Ancine (Manoel Rangel), da Anatel (João Rezende) e do ministro da Cultura, Juca Ferreira.
A SÉRIE
Febre. Na linha das trilogias de Jogos Vorazes e Divergente, que têm arrebatado adolescentes no mundo todo, a série 3% recebeu da Ancine o aval para um orçamento de R$ 4.288.096,95 para a produção de sete episódios de uma hora cada um que estão a cargo da Boutique Filmes. A produtora agora negocia com canais abertos e pagos.
Febre 2. Voltada a um público mais adulto que Jogos Vorazes,3% apresenta um mundo onde a maioria da população vive no “Lado de Cá” (decadente, miserável e corrupto), e onde os jovens, ao completarem 20 anos, se submetem a uma seleção humilhante como única chance na vida de ir para o “Lado de Lá”, onde há dignidade.
Febre 3. Criada por Pedro Aguilera, com direção de Jotagá Crema, Dani Libardi e Daina Gianecchini, 3% já tem uma versão bem cotada, mas compacta, no YouTube.
Eis o link do texto: http://migre.me/r3whP
Criador da série, Pedro Aguilera se mantém no roteiro, mas a direção agora muda de mãos para exibir os créditos de Charlone, indicado ao Oscar por Cidade de Deus. 3% será filmada em Ultra HD 4K.