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Não provoque, é cor de rosa-choque!

Por Cristina Padiglione
Atualização:

No Dia Internacional da Mulher, nada como lembrar que nunca mais a televisão brasileira foi capaz de produzir um programa tão bacana como o TV Mulher, título visto nas manhãs da Globo, e que saudades das boas manhãs da Globo, entre 1980 e 85.

Não é saudosismo, perdoem, leitores, mas de qual espaço de reflexão bacana, bem embalado em entretenimento,dispõe a mulher, hoje, na TV? Não vale falar em programa para mãe, que nem toda mulher é mãe e a maternidade se impõe pelo instinto, quando vem. Nesse contexto, deixo aqui um vídeo, mesmo precário, da abertura daquele que foi um programa revolucionário na TV brasileira, obra do meu querido amigo Nilton Travesso. Foi ele quem me contou que a música-tema, da Rita Lee, Cor de Rosa-choque, nasceu de uma rápida conversa do diretor com ela, pouco antes de ela embarcar para Nova York para breve viagem. "Eu expliquei como seria o programa e dois dias depois, ela já me ligou cantando a música", lembra. Tempo de gênios. Tempo em que a Marta Suplicy arrasava no esclarecimento sobre sexo. Tempo em que o Clodovil prestava serviço inestimável ao dar dicas para telespectadoras que seriam madrinhas, noivas, ou simplesmente trabalhadoras. Tempo das incríveis crônicas do Henfil. Tempo em que Marília Gabriela já nos seduzia com suas entrevistas. Tempo até em que o Ney Gonçalves Dias era divertido, nem que fosse derrubando a mesa do cenário. Tempo que não volta. Alô, Viva! Reprisa aí, vai?

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