De 2014 para 2015, as mulheres, que respondiam por 12% da base clandestina, são agora 8% dela, enquanto os homens, que ocupavam 11% desse bolo, agora tomam 16% dele.
Uma das explicação empírica para o fato, para não dizer chutômetra, estaria no fato de os homens, que por machismo se sentem mais compelidos a assumir o papel de provedor, partirem para a ignorância com mais ímpeto no contexto da crise econômica. Sem condições de prover a TV paga, eles então estariam mais tentados a tropeçar na clandestinidade.
A base total de assinantes piratas de TV cresceu 8,6% de 2014 para cá - se no ano passado os clandestinos representavam 18,4% do total de clientes, hoje eles são 18,8%.
O cálculo é feito por meio de estudo bancado pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, (ABTA), e foi anunciado pelo setor nesta terça, primeiro dia do congresso e feira anual do setor.
A fatia de 18,8% representa 4.553.136 assinantes e daria à base um total de mais de 24 milhões de clientes.
Descontando os clandestinos, o setor não chega a 20 milhões de pagantes. De 2014 para cá, a base oficial cresceu menos que a base pirata, com apenas 6,1% de avanço.
Em penetração porcentual, contabilizando piratas e não piratas, o Brasil tem hoje 35,2% de pessoas contempladas pelo sinal da TV por assinatura. Parte dessa turma, não custa lembrar, assina um pacote basiquinho apenas para ter acesso a um sinal melhor. Essa parcela tem grande chance de se desfazer do negócio com a chegada do sinal digital a todos os lares, o que deve ocorrer num prazo de um ano, pouco mais que isso.
A pirataria cresceu mais nas classes D e E (de 16 para 19%) de agosto de 2014 para agosto atual
Na classe A, houve decréscimo (de 8 para 7%), como na classe B (de 10 para 7%). A classe C se mantém nos índices de 13%.