Alega a Record que o novo seriado policial da Globo, "Força-Tarefa", foi produzido a toque de caixa, tendo aparecido na mídia apenas em janeiro, quando "A Lei e o Crime" já arrebatava audiência.
A Globo contra-argumenta que sua "Força Tarefa" é mais centrada na investigação do que na ação.
Não é bem o que tem defendido José Alvarenga, o diretor. Numa madrugada da semana passada, ele comandou longa sequência de tiroteios e perseguições no Aeroporto Santos Dumont. E as chamadas que estão no ar indicam pura ação, não há o que negar.
Há uma defesa para diagnosticar outra origem ao (de fato recentíssimo) projeto da Globo: seu embrião está em "Tropa de Elite", o filme que fez fama de novela, com boas bilheterias, oficial e pirata, que, também não se pode negar, inspirou o elenco da própria "Lei e o Crime".
Globo e Record queriam estender o enredo do Capitão Nascimento à TV por meio de seriado. José Padilha, o diretor, flertou com as duas redes, até resolver que ele mesmo fará um "Tropa 2". O feito atiçou na Globo a decisão de retomar o filão policial, perdido havia anos na teledramaturgia da casa, e de endossar, na Record, o nicho que tanto resultado obteve a novela "Vidas Opostas".