E a Patrícia: Demorou para perceber que precisava de tratamento? "Demorou. Sentia medo de ser julgado, de ser visto como referência negativa". Quando quis saber se ele se sentia curado, rebateu: "Não quero me sentir curado. Não posso fingir que isso não existe, esse diabinho, eu tenho que ter respeito por ele".
Ao final da entrevista, Patrícia Poeta agradeceu a confiança do ator em falar sobre o assunto pela primeira vez para ela. E o Fábio, fofo, agradeceu a oportunidade de falar sobre isso, coisa que ele nunca tinha feito antes. Affe, Fábio, não foi por falta de convite, dos mais diversos veículos. Nós, do Estadão, procuramos pelas assessorias do ator (que à época de sua saída da clínica era uma, pilotada por sua ex-mulher, Priscila Borgonovi, e que nos últimos dois meses mudou para as mãos de Patrícia Casé). Argumentamos que ele sempre se sentiu respeitado em suas entrevistas ao jornal e, se quisesse tocar no assunto, o espaço estava à disposição dele, até em função da importância que isso tem na ajuda a tantos dependentes anônimos por aí (e esta foi uma alegação mencionada por ele na conversa com a Poeta). É claro que ele falou à Poeta por confiar na moça, sim, mas também porque, ao falar à Globo, tinha a segurança de que o assunto seria abordado de forma muito delicada, e assim foi, sem chamadas bombásticas, sem trilha sonora de piedade, enfim, como convém a uma estrela da casa.
A Globo, aliás, tem bancado todo o tratamento de seu ilustre funcionário, o que é uma praxe da empresa, para famosos ou não.