Conti se despede do 'Roda Viva' sob aplausos

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Por Cristina Padiglione
Atualização:

Mario Sérgio Conti encerrou seu último 'Roda Viva' ao vivo há pouco e se despediu agradecendo a todos que ajudaram a fazer o programa nesses 2 anos.

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Agradeceu à equipe, aos entrevistados e entrevistadores de uma temporada que se encerrou hoje.

O público poderá vê-lo em mais duas edições, até o meio de agosto, com programas que já estão gravados.

"Adeus", encerrou. Quando os créditos e a música da trilha sonora subiram, podia-se ver a bancada de entrevistadores do dia, formada por Caio Túlio Costa, Eugênio Bucci, Suzana Singer e Alberto Dines, aplaudindo o mediador, que foi dispensado pelo novo presidente da Fundação Padre Anchieta, Marcos Mendonça.

No cargo desde julho, Mendonça disse que dispensou Conti porque seu "salário é muito alto".

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Contratou Augusto Nunes, segundo disse, "pela metade" do custo.

Pela Folha e pelo Globo, o jornalista Elio Gaspari contou que Conti foi dispensado porque reconvidou Fernando Henrique Cardoso para o programa que foi ao ar dia 1º de julho. O ex-presidente fora convidado e depois desconvidado, segundo foi dito à época, para não dar a impressão de que a pauta do programa era demasiadamente tucana. Gaspari relatou que a iniciativa do cancelamento partiu de Mendonça, o que gerou um questionamento de Conti ao novo chefe sobre sua autonomia. Há quem garanta que o Conselho da Fundação Padre Anchieta foi o primeiro foco de pressão recebido por Mendonção para adiar ou cancelar a entrevista com FHC, visto que o ex-governador José Serra havia sido entrevistado lá mesmo na semana anterior.

Embora Mendonça argumente corte de gastos para a decisão, o contrato de Conti só vence no final de setembro, o que acarretará, para a Cultura, pelo menos um mês de cálculo para multa rescisória, a ser paga juntamente com o modesto salário do novo âncora.

Hoje, Mendonça negou envolvimento no episódio e Conti o desmentiu, confirmando a versão de Gaspari.

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