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Um rápido panorama atual do melhor do heavy nacional

Marcelo Moreira

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Por Redação
Atualização:

O que há de bom no metal nacional? Essa foi a pergunta de um garoto de 15 anos fã de música extrema que encontrei em um casamento recentemente. Em menos de dois minutos citei umas 20 bandas que merecem audição. O pai do garoto, que não tem 40 anos de idade, sugeriu que eu desse algumas indicações neste Combate Rock.

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Rapidamente, listei os mais recentes lançamentos das bandas mais notórias de heavy metal nacional brasileiras, aquelas que acho que representam bem o estilo no Brasil e tem potencial alto para trilhar uma carreira internacional de peso, se é que já não obtiveram sucesso no exterior:

Dr. Sin - É regravação do primeiro CD, de 1993, mas merece a menção. O trio paulistano chamou de "The Original Dr. Sin" o bom trabalho do ano passado. Com uma produção um mulhão de vezes melhor e com vocais mais maduros e experientes, o trabalho é uma pérola diante da mediocridade do mercado nacional atual. E o melhor, cantado em inglês, como tem de ser o verdadeiro rock.

 Foto: Estadão

Shaman -A nova formação dos paulistanos do Shaman produziu o que de melhor se fez no heavy metal feito no Brasil. Seus dois mais recentes CDs, "Immortal" e "Origins", são pesadíssimos, com guitarras estonteantes e muito bem produzidas, além de um fenomenal trabalho de bateria. O novo vocalista, Thiago Bianchi, substituiu André Matos à altura. A edição 2009 de "Immortal" traz um CD bonus, "Anime Alive", gravado no festival de mesmo nome.

 Foto: Estadão

 

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André Matos - Logo após sair do Shaman, lançou o melhor CD brasileiro de heavy metal, "Time to Be Free". Em 2009, o cantor paulistano subiu a qualidade e lançou "Mentalize", bem mais pesado e mais experimental, com letras mais densas e sonoridade européia. Uma aula de música pesada bem feita.

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Kavla - "Surreal" é a prova de que, de onde se menos espera, de vezem quando surge coisa ótima. Catorze anos depois do CD de estreia e de muita letargia, o sexteto paulistano lança o melhor trabalho do underground nacional em 2009. Muito pesado e com duelos de guitarras em todas as músicas, consegue dosar de forma equilibrada o metal progressivo com a veia tradicional do estilo. Ouça "Impersonal World".

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Korzus - Thrash metal legítimo, com produção de primeira qualidade feita pela própria banda. "Discipline of Hate" resgata a fúria que o quinteto tinha nos anos 80, quando tinha em sua formação o mestre Sílvio Golfetti nas guitarras. Desde já é um dos melhores CDs de 2010.

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Nervochaos - Death metal em estado bruto e puro, uma pancada na orelha de derrubar qualquer um. "Battalions of Hate" traz de volta uma das melhores bandas de metal extremo das Américas, capaz de fazer frente ao grande Krisiun. O trabalho é deste ano e mostra o quanto os integrantes amadureceram e aprenderam. O direcionamento musical é o mesmo desde os primórdios, ou seja, é aquele Death Metal de cunho tradicionalista, extremamente técnico e variado, calcado na antiga escola brasileira.

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Krisiun - Merece a citação porque hoje é a banda brasileira mais importante no cenário internacional. Seu último trabalho, "Southern Storm", é de 2008, e para mim é o melhor já gravado pelo trio de irmãos gaúchos até agora.

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Wizards - Desde sempre foi uma das melhores bandas de heavy metal que surgiu no Brasil. Entretanto, por questões de mercado e por divergências internas, a banda paulista nunca decolou, encerrando as atividades várias vezes e sempre recomeçando cada vez de forma mais compliucada e difícil, apwesar do sucesso no Japão e de cinco álbuns lançados. "The Black Knight" é o novo e ótimo trabalho, recém-lançado, seguindo na linha temática histórias medievais e contos de cavaleiros. O vocalista Christian Passos é excelente e nada deve a gente como Edu Falaschi e André Matos.

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Pastore - "The Price For The Human Sins", recém-lançado, é uma aula de power metal e faz jus à carreira de mais de 20 anos de Mario Pastore, talvez o mais injustiçado cantor de metal do Brasil. Muito virtuosiimo e peso inacreditáveis marcam a reestreia do músico, agora acompanhado por dois instrumentistas de respeito,  o guitarrista Raphael Gazal e do baterista Fábio Buitvidas. Um álbum coeso, muito bem composto e produzido.

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Torture Squad - "Aequilibrium" foi lançado no começo do ano e conseguiu ser melhor do que o que já era excelente. Thrash metal de primeira, mostrando o porquê de a banda ter vencido a batalha das bandas iniciantes do Wacken Open Air, o maior festival de heavy metal do mundo.

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