Sobreviventes: pen drive e delivery para agradar

Suzane G. Frutuoso

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Por Redação
Atualização:

O segmento musical é o mais atingido pela pirataria e pela internet. Mas filmes, seriados e shows também podem ser copiados, causando impacto nos negócios das locadoras de DVDs. Muitos desses estabelecimentos já fecharam. Resistem as grandes redes, graças a adaptações para agradar ao cliente.

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O passo mais inovador é a locação via pen drive, que será colocada à disposição pela rede 100% Vídeo, dona de 72 unidades em 11 Estados. O projeto está previsto para ser lançado na segunda quinzena deste mês, começando nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

"Em 13 segundos, o filme é armazenado no dispositivo. O cliente poderá fazer o download pelo nosso site ou em quiosques que serão instalados em supermercados e aeroportos", diz Carlos Augusto, diretor de franchising da empresa.

Desde 2005, a 100% Vídeo sofre com a pirataria. "O auge das perdas foi 2007. Desativamos 12 lojas", diz Augusto. Com campanhas de combate ao comércio ilegal, o faturamento se estabilizou em 2009. No ano passado, alcançou R$ 34 milhões. No primeiro semestre deste ano, houve crescimento de 11% ante o mesmo período de 2010.

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Outra saída encontrada pela empresa para agradar ao público foi transformar as unidades em lojas de conveniência onde há jornais, revistas, pôsteres de filmes e guloseimas. "Essas vendas por impulso já representam 25% do faturamento", diz o diretor.

Para Sônia Abreu, diretora comercial da rede 2001 Vídeo, com sete lojas na capital paulista e uma de e-commerce, há 29 anos no mercado, o futuro é mesmo do download. "O caminho natural é a ferramenta digital. Não pretendemos oferecer, por enquanto, porque 70% dos nossos clientes ainda preferem a mídia física."

Ela diz que está em estudo um serviço de delivery. "É parte dos planos entrega e devolução do DVD na casa do cliente." A rede 2001 Vídeo investe em títulos diferenciados, além dos comerciais. Também oferece aos clientes palestras com especialistas em cinema.

Seus funcionários são escolhidos a dedo. É gente que frequenta mostras e festivais. Por isso tudo, diz Sônia, a pirataria não chegou a abalar de maneira significativa a empresa. A última loja inaugurada, em janeiro, na Rua Estados Unidos, no Jardim América, zona oeste, tem cafeteria, espaço Wi-Fi e uma área para crianças com contação de história.

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