Estadão
26 de novembro de 2012 | 21h36
Reuters
Diante de 20 mil pessoas que lotaram a O2 Arena, em Londres, os roqueiros rebateram desde a primeira música, I Wanna Be Your Man, as suspeitas de que a idade poderia ter tirado o pique da banda.
Mais de duas horas depois, o quarteto continuava com a corda toda, oferecendo um bis que incluiu You Can’t Always Get What You Want e Jumpin’ Jack Flash.
Bill Wyman e Mick Taylor, ex-integrantes da banda, também fizeram companhia a Mick Jagger, Ronnie Wood, Keith Richards e Charlie Watts, algo inédito em 20 anos.
Depois do show de domingo à noite, os Stones ainda farão outra apresentação na 02 Arena, e em seguida atravessam o Atlântico para três apresentadores nos EUA.
A miniturnê é o auge das comemorações do cinquentenário da banda, numa história que começou com um show na Oxford Street, em Londres, em julho de 1962.
Para a ocasião, foram lançados um álbum fotográfico, duas novas canções, um clipe musical e um documentário. Houve também várias aparições para a imprensa e alguns shows de aquecimento em Paris.
O show de Londres entusiasmou a crítica. “Keith Richards já disse que a beleza do rock and roll é que a cada noite uma banda diferente pode ser a maior do mundo. Bom, ontem à noite, na O2 Arena, foi a vez dos próprios Rolling Stones reivindicarem o título que eles inventaram”, escreveu Neil McCormick no Daily Telegraph. “E eles o fizeram com estilo e autoconfiança.”
Mas a reunião quase não aconteceu. Um dos fatores para o longo hiato nos shows desde a turnê A Bigger Bang, em 2007, foi a luta de Wood contra o alcoolismo. Além disso, o guitarrista Richards e o vocalista Jagger se desentenderam por causa de declarações que constavam numa autobiografia do primeiro, lançada em 2010.
Os Stones, porém, conseguiram deixar isso para trás. “Não podemos nos divorciar — estamos fazendo isso pelas crianças!”, brincou Richards recentemente numa entrevista.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.