Nietzsche, o pensador que tratou da filosofia como perturbação e provocação, surge como figura essencial para o debate quando se descobre que a forma musical é uma arma nada pacífica. Uma vez por mês, desde abril, o projeto demonstra que o rock não é apenas um gênero musical, mas uma das manifestações antropológicas que mais reflete os sentimentos, os pensamentos e a perspectiva de mundo das últimas gerações.
Em que questões filosóficas estamos submersos quando cultuamos os grandes roqueiros e suas bandas? Essa relação inerente entre a música e a filosofia norteia toda a programação do Filosofia do Rock, que se estende até 8 de novembro.
Próximos encontros No dia 13 de setembro, Velvet Underground e Nietzsche são temas do diálogo entre a irônica poética do submundo da banda que fez sucesso nos anos 70 e a crítica do progresso na filosofia da decadência.
Com a participação do produtor, jornalista e compositor Nelson Motta, no dia 4 de outubro, o tema Rolling Stones e as Filosofias Negativas traz à tona a profanação, o prazer do corpo, as liberdades do gozo corporal, em diálogo com a obra de Georges Bataille, Sigmund Freud e Herbert Marcuse.
Para encerrar a programação, no dia 8 de novembro, a curadora Márcia Tiburi e Thedy Corrêa conduzem as discussões envolvendo Radiohead e Nirvana, Ideologia e Sociedade do Espetáculo, com enfoque na melancolia da sociedade tecnológica e globalizada, a descrença e adolescência como projeto sem futuro, Vilém Flusser e Guy Debord, entre outras questões.
Serviço:
Filosofia do Rock
Hoje, dia 9 de agosto, das 19h30 às 21h30 Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112 - Centro, próximo às estações Sé e São Bento do Metrô)
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652.
Entrada grátis (retirar ingressos 1 horas antes do espetáculo).
A edição de 9 de agosto (Márcia Tiburi e Kid Vinil) será realizada no Auditorio da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo), que fica ao lado do CCBB e tem capacidade para 300 lugares. A retirada dos ingressos continua sendo no CCBB.