Resumo de alguns dos bons shows do mês de julho

Marcelo Moreira

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Por Redação
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- Jorn - 10 de julho - Carioca Club - São Paulo - O cantor norueguês veio a São Paulo pela primeira vez como artista solo e não decepcionou. Metal potente, de alta qualidade, esbanjando vitalidade e carisma. Sua banda é de primeira: Willy Bendiksen (bateria), Tore Moren (guitarra), Tor Erik Myhre (guitarra) e Nic Angileri (baixo). Jorn ganhou o público com a trica inicial de músicas - "Road of the Cross", "Shadow People" e "Below", embora a seguinte, "Promises", seja muito boa também. Mantendo on nível por toda a apresentação, deixou o melhor para final, uma grande homenagem a Ronnie James Dio, morto no ano passado. Executou com perfeitção "Song for Ronnie James", de sua autoria, além de "Rainbow in the Dark", clássico maior de Dio.

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Grave Digger - 23 de julho - Carioca Club - São Paulo - Clientes habituais dos palcos brasileiros, os alemães do Grave Digger voltaram a São Paulo para mais um show não menos do que maravilhoso. Peso absurdo, feeling extraordinário e lista de músicas impecável, que não deixaram o público respirar. Mesmo tendo como base o último álbum, o ótimo "The Clans Will Rise Again", houve uma sequência de clássicos para ninguém reclamar: "Rebellion (The Clans are Marching)", The Dark of the Sun", "Hammer of the Scots" , "Killing Time",  "The Ballad of Mary (Queen of Scots)", "Ballad of a Hangman", "Morgane Le Fay", "Twilight of the Gods / Circle of Witches / The Grave Dancer / Twilight of the Gods" e "The Last Supper", "Excalibur" e "Knights of the Cross". Foram 19 músicas em mais de duas horas de show. Uma das grandes apresentações do ano em São Paulo.

Mr. Big - 9 de julho - HSBC Brasil - São Paulo - É fácil subir ao palco com o jogo ganho, apesar de certo nervosismo ter dominado o Mr. Big no comecinho do show. Mera formalidade. A veterana banda norte-americana mostra que ainda tem feeling de sobra e muita vontade, apesar dos quase 30 anos de carreira de cada um de seus integrantes. O show foi moldado para que não causasse grande surpresa nos fãs de longa data: tudo dentro do figurino, nada fora do script, mas todol com extrema competência. É um prazer ver Paul Gilbert tocar guitarra e duelar com o monstro Billy Sheehan, o baixista. O cantor Eric Martin parece outra pessoa, mais comunicativo, mais bem humorado e mais interativo com a plateia. E tome as baladas  como "To Be With You", mas acertaram em cheio ao abrir o show de forma alucinante e rápida, com a sequência "Daddy, Brother, Lover, Little Boy", "Green Tinted Sixties Mind", "Undertow" e "Alive and Kicking". De forma acertada, pouca ênfase foi dada ao novo álbum, "What If..." A noite era dos hits. A o final do show, no bis, uma versão correta e eficiente de "Smoke on the Water", do Deep Purple, e de "Shy Boy", da carreira solo de David Lee Roth (Van Halen), com os músicos trocando de instrumentos e Sheehan assumindo os vocais. Todo mundo riu e ficou satisfeito com o espetáculo.

Angra - 16 de julho - Kazebre Rock Bar - São Paulo - A grande dúvida dos fãs do Angra hoje é saber se aas músicas do excelente álbum "Aqua" funcionam ao vivo. Podem ficar tranquilos. Funcionam muito bem, apesar do alto npivel de complexidade e de qualidade das canções. A abertura do show, com "Arising Thunder", demoliu qualquer restrição. A banda entrou com vontade, com a "faca nos dentes", apesar do atraso. E fez um show bastante competente. Misturou grandes hits, como a eterna "Carry On", com clássicos como "Nothing to Say" e "Lisbon", e músicas mais recentes e de muito bom gosto, como "Nova Era", "Rebirth" e "Heroes of Sand". Não foi uma das melhores apresentações que a banda já fez, mas a competência do quinteto é invejável.

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