Estadão
28 de março de 2012 | 06h43
Marcelo Moreira
Em rápida enquete realizada no mês de janeiro pelo Combate Rock e pelo Estadão.com, a música “São Paulo”, do 365, foi a escolhida pelos leitores como a que simbilizava a cidade, que então comemorava 458 anos de fundação. Não poderia haver tradução melhor para a metrópole que não para e que é a cara do rock no Brasil.
O vocalista da banda punk paulistana, Carlos Finho Telhada, continua à frente dos companheiros com o grupo, 27 anos depois do lançamento do hino roqueiro da capital. Em 2012, finalmente decidiu publicar o seu primeiro livro de poemas, bem no espírito da música que criou e sempre defendeu.
“Poemas de Combate” sai agora pela editora Naturales11a. Os textos do cantor trazem a mesma urgência das letras que cunhou nos álbuns do 365: são fortes, diretas e têm pouca preocupação com o rebuscamento. A idéia do livro, sempre presente, se concretizou esse ano quando Finho organizou todas as letras das músicas e mais alguns poemas.
“A música é divertimento pra mim, e no rock and roll é sempre assim, o que de certa forma é péssimo quando se torna uma obrigação. Desde criança meu negócio era escrever, e nessas de mostrar textos entrei na de cantar. O livro surgiu da necessidade de mostrar minha literatura, mesmo por que muita gente pergunta – O que você estava pensando quando escreveu?”, diz o músico à coluna Jukebox, do site Dynamite Online.
O livro chega um momento oportuno, quando o famoso festival punk “Começo do Fim do Mundo”, realizado em novembro de 1982, está completando 30 anos e será relembrado em um evento musical no próximo final de semana no mesmo Sesc Pompéia, na zona oeste de São Paulo.
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