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Pense não, Dance - Frejat volta aos palcos

Roberta Pennafort

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Por Redação
Atualização:

Balança, Bete. Com repertório que passa por clássicos dançantes de Tim Maia, Jorge Ben e Gilberto Gil, e também sucessos seus e do Barão Vermelho, A Tal da Felicidade, o show que Roberto Frejat leva hoje, sábado, ao Citibank Hall, é para se dançar - ainda que sentado, já que a configuração da casa é com mesas.

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Entre Bete Balanço, Amor Pra Recomeçar, Por Você, Segredos e outras mais, ele canta ainda Lobão (Me Chama), Roberto Carlos e Caetano (desses, prefere não revelar, quer fazer surpresa).

"Eu nunca tinha pensado em abrir tanto esse lado de intérprete, mas agora tem me dado muito prazer cantar as músicas dos outros", Frejat disse na manhã de segunda-feira, no estúdio que mantém no Rio. Antigo sucesso das Frenéticas, A Felicidade Bate À Sua Porta, da porção mais solar e animada da obra de Gonzaguinha, ele já vem cantando em shows recentes.

No Citibank estarão no palco dois barões da formação original, Maurício Barros (teclados) e Dé Palmeira (baixo) - a banda, que este ano completa 30 anos de formação, segue em recesso, sem data para voltar.

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 Foto: Estadão

Não é um show de covers. "É a minha maneira de abordar essas músicas", contou. "O show tem espírito festeiro, é para as pessoas cantarem o tempo todo. Você vai ali para se divertir. Venho de um disco mais melancólico, então senti essa necessidade. O próximo vai ser, em contraposição, só voz e violão, e músicas mais delicadas", emendou, falando de Intimidade Entre Estranhos, CD de 2008 com o qual fez mais de cem shows pelo Brasil.

Com A Tal Felicidade, Frejat viaja este mês e o próximo. Dia 1.º de outubro, abre o Rock in Rio, festival que traz lembranças boas (o primeiro, em 1985, com Cazuza, fez os roqueiros cariocas estourarem no País todo; o terceiro, em 2001, consagrador, teve gosto de despedida, uma vez que o grupo logo sairia de férias) e ruins (do segundo, em 91, a banda desistiu de participar, depois de confirmada na programação). "É bacana ver que o meu trabalho individual alcançou essa dimensão. Vai ser meu maior público (100 mil pessoas)."

Estar em estúdio ainda é um prazer. Mas lançar CD não está no horizonte deste barão. "Eu não tenho tido muita vontade. Hoje ninguém quer comprar, não faz sentido. Pode ser que eu faça umas coisas e vá colocando na rede." Em 2008, lembra, "ainda estava muito apegado ao formato tradicional". "Eu estava retornando de um momento com o Barão, então o lançamento do CD tinha um simbolismo."

Como seus pares, ele não sabe qual será o futuro dessa história. Preocupa-se com questões relativas aos direitos autorais, e vem se manifestando pela necessidade de se chegar a um Ecad mais transparente e eficiente, com melhores mecanismos de aferição das execuções das músicas.

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