A chuva parou de cair em Paulínia no meio da noite, mas as consequências foram complicadas para todos. O show acústico de Chris Cornell começou com mais de uma hora atraso depois da confusão nos bastidores entre as equipes do Ultraje a Rigor e de Peter Gabriel.
O público tentava driblar as poças de água em frente ao palco e assiste à afinada apresentação de Cornell, que começou com Peace, Love and Understanding. Desde a reunião do Soundgarden em 2010, o cantor abandonou oestilo arrumadinho e o bigode latin lover que marcaram os anos de Audioslave e aderiu novamente ao cabelão desarrumado e barba comprida.
Entre canções solo e das bandas pelas quais passou, surpreende ao superar o desafio de fazer funcionar um show resumido a voz e violão em um grande festival, desconsiderando a breve participação especial de Alain Johannes, músico que colabora ao vivo com Queens of the Stone Age e o supergrupo Them Crooked Vultures.
Com refrões esgoelados pela plateia, Like a Stone e Black Hole Sun são as que mais agradam. Um inusitado arranjo para Billie Jean, clássico de Michael Jackson, evoca olhares curiosos de espectadores mais descompromissados.