O blues nacional renasce com André Christóvam e Flávio Guimarães

Marcelo Moreira

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Por Redação
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A nova geração de blueseiros nacionais ainda corre para conseguir espaço em um mercado restrito, mas a velha guarda arrumou um grande aliado: o selo/gravadora Substancial Music, que está relançando quatro discos do guitarrista e vocalista André Christóvam, sendo um inésdito. Além disso, prepara também o novo trabalho solo do gaitista e cantor Flávio Guimarães, do Blues Etílicos, previsto para chegar às lojas ainda neste ano.

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"Nosso slogan é música com conteúdo, música com qualidade. Os trabalhos antigos de Christóvam são ótimos, e não podiam ficar 'escondidos', sem que que alguém se interessasse por eles. Ainda existem pessoas que valorizam a música, compram CDs, que são colecionadores. É um público grande", diz Alê Fernandes, que capitaneia o selo ao lado de Edilson Ventura.

O pacote do guitarrista inclui três ótimos álbuns: "Mandinga" (1989), "The 2120 Sessions" (1991), gravado nos Estados Unidos, e "Banzo" (2002), seu último trabalho com músicas inéditas. O destaque do pacote, entretanto, é um disco ao vivo inédito. "André Christóvam Trio Live in POA with Hubert Sumlin" é o registro muito interessante de uma apresentação em 2002 na segunda edição do Natu Nobilis Blues Festival, no Teatro Abril, em Porto Alegre.

No suporte ao excepcional bluesman norte-americano, morto aos 80 anos em dezembro de 2011, o guitarrista brasileiro ainda teve como convidados Coco Montoya, guitarrista fera que já tocou com John Mayall. No baixo e na bateria, outras feras: Mário Fabre (baterista que toca com os Titãs hoje) e o virtuoso Fábio Zaganin. É uma preciosidade que demorou demais para chegar às lojas.

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 Foto: Estadão

"O blues nacional sempre teve público e a Substancial chega para dar um suporte que não existia na atualidade. Se isso é uma ressurreição do blues nacional eu não sei, mas as perspectivas são boas, diz o gaitista Flávio Guimarães.

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