O projeto mais ambicioso do "Ano 30" da Legião Urbana começa a ser engendrado. Trata-se de uma megaexposição multimídia que pretende abrir o baú de Renato Russo, expondo parte dos milhares de itens que o músico amealhou: fotos, objetos, discos, cartas, manuscritos de letras, correspondências, roupas, óculos, livros, gravações inéditas. O modelo são mostras recentes, como a de João Gilberto e da bossa nova na Oca do Ibirapuera. A exposição ainda não tem data nem local.
"Será uma mostra itinerante. A Legião tem fãs pelo Brasil todo, é adorada no Nordeste, no Sul. Mas os eventos geralmente se restringem a Rio e São Paulo", diz Giuliano Manfredini.
A investida começa neste final do ano, com a estreia do filme Faroeste Caboclo, longa-metragem do estreante René Sampaio, com Ísis Valverde (Maria Lúcia), Fabricio Oliveira (João de Santo Cristo) e Felipe Abib (Jeremias). A produtora é Bianca de Felippes, da Gávea Filmes.
Entre abril e junho, o projeto Renato Sinfônico vai reabrir o Estádio Mané Garrincha em Brasília. É um passeio sinfônico pelo repertório da Legião Urbana, sob regência de Claudio Cohen, com uma surpresa: Renato Russo "participará" em holografia.
O projeto Renato
Sinfônico surgiu a partir de uma ideia original do avô de Giuliano e do maestro Silvio Barbatto (que morreu no acidente aéreo da Air France). Está sendo retomado agora.
Está prestes a estrear também o longa-metragem Somos Tão Jovens, dirigido por Antônio Carlos da Fontoura (Copacabana me Engana e A Rainha Diaba), que trata de determinado período da vida de Renato Russo (de 1973 até a criação da Legião).
Manfredini conversa com o diretor Sergio Roizenblit (do premiado O Milagre de Santa Luzia) para iniciar um documentário sobre a vida do seu pai, produção que também terá acesso irrestrito ao acervo de Renato Russo. Outro projeto é um disco só com as canções inéditas que Renato Russo fez para sua primeira banda, Aborto Elétrico.