PUBLICIDADE

Móveis Coloniais de Acaju em vigorosa evolução

Lauro Lisboa Garcia - Especial para o Estado - O Estado de S. Paulo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Em seu terceiro álbum, De Lá Até Aqui, a superbanda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju acerta o passo adiante olhando para trás. Não se trata de repensar a carreira, mas de retornar a algumas referências sonoras significativas. "No C_mpl_te (2008) a gente trabalhou muito a identidade da banda e, com isso, eliminou as referências", diz o vocalista André Gonzales.

PUBLICIDADE

Tiago Queiroz/Estadão
O Vocalista André Gonzales diz que grupo está mais livre

Com ingressos esgotados para o show de sábado (17) no mesmo Auditório Ibirapuera onde gravou o primeiro DVD, a banda traz um pouco mais de peso de rock - tanto o de Beatles, rockabilly e grunge como o dos anos 1980 - à habitual sonoridade que marcou os trabalhos anteriores, além de referência à soul music. O ska e as misturas com sons do Leste Europeu permanecem. Como diz Gonzales, a diferença é que, agora, a banda de dez integrantes está naturalmente mais segura em relação aos dois. "Estamos mais livres, deixamos a coisa mais fluida mesmo, mas tudo isso flertando com a nossa identidade. Um trabalho feito coletivamente acaba tendo muita informação, a gente refaz muita coisa. Agora conseguimos dialogar melhor, valorizamos mais as harmonias e melodias", explica.

O ponto central é a cidade de Brasília e o rock que se produziu e se produz ali. Não por acaso, há uma sutil ligação com Legião Urbana (além de com o David Bowie de Sound and Vision) em O Amor é Tradução, uma das canções com maior potencial de hit do CD. Não Chora, uma balada melancólica (novidade dentro do estilo alegre e dançante do grupo), foi usada para homenagear o arquiteto Oscar Niemeyer, e, além disso, a banda registrou um filme falando da relação com a Capital Federal. A cidade que já contribuiu incisivamente para o rock brasileiro tem, enfim, outra banda representativa e vigorosa em saudável evolução.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.