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Lollapalooza: para dançar e arrepiar

Pedro Antunes

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Por Redação
Atualização:

As guitarras estão lá. Mas não do jeito roqueiro que se costumou esperar. Apesar dos pesos pesados Foo Fighters e Arctic Monkeys, que fecharão os dois dias de Lollapalooza, amanhã e domingo, o festival traz gratas surpresas (ok, algumas nem tanto) para quem gosta de remexer o esqueleto.

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Não importa se o sol estiver com sua potência máxima fritando a cabeça de quem estiver no Jockey Club ou se a chuva cair torrencialmente. O domingo, dia em que ainda há ingressos à venda, será para dançar. Bandas como o MGMT, Foster The People, Friendly Fires e o rapper Tinie Tempah estarão lá para assegurar isso.

Dentre eles, a presença dos novatos do Foster The People mostra que a curadoria do festival, em seu 21º ano de existência e que estreia em solo brasileiro, está afiada com o que os jovens estão ouvindo hoje. Mais pop do que indie, o trio californiano formado por Mark Foster (vocal, teclado e sintetizadores), Cubbie Fink (baixo) e Mark Pontius (bateria) tem três anos de existência.

Caíram na graça do público com o hit Pumped Up Kicks, lançado em 2010. Com um refrão fácil de assobiar e bater palmas no ritmo, viraram sensação antes mesmo de lançar um disco. Torches só veio em maio de 2011, lançado recentemente no País pela Sony Music (R$ 24,90).

Impulsionados pelo sucesso da gravação, eles receberam duas indicações para o Grammy deste ano (melhor performance pop de dupla ou grupo e melhor disco alternativo). Não levaram, mas perceberam que o que começou como brincadeira tinha virado sério.

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Não por acaso, o show deles solo, no Cine Joia, na noite de ontem, teve todos os 1,4 mil ingressos esgotados em questão de horas. "O que mantém nossos pés no chão é a amizade que temos entre a gente. Éramos amigos antes da música. Isso permanece", diz Mark Pontius, antes de revelar que a banda pretende lançar um novo disco, ainda sem data definida.

 Foto: Estadão

Quase tão novato quanto o Foster The People, mas sem o mesmo hype, o rapper Tinie Tempah faz parte de uma nova geração de rappers do Reino Unido. Em 2010, colocou Disc-Overy nas prateleiras, seu primeiro álbum, e ganhou elogios.

Não por acaso foi nomeado para o Mercury Prize, premiação que elege o melhor disco do Reino Unido, e quatro vezes para o Brit Awards - levou duas: artista revelação e melhor single, com Pass Out. "Esse disco me colocou no mapa. Mudou minha vida de todas as maneiras possíveis. As pessoas vão lá para ver uma banda de rock, mas quero surpreendê-las", afirma o rapper.

Entre tantas novidades, o dançante Friendly Fires, com seus dois discos lançados (o último, Pala, saiu no ano passado), e o psicodélico MGMT (três discos lançados) são considerados veteranos. Andrew VanWyngarden, voz e guitarra do MGMT, vai pela contramão de quem busca pelo sucesso.

O último disco deles, que leva o mesmo nome da banda, deste ano, ruma para uma direção diferente do tão elogiado Congratulations (2010). "Acho chato uma banda encontrar o sucesso e procurar seguir essa mesma fórmula. Nós nunca procuramos por isso. É ótimo poder seguir para a direção que desejarmos", diz Andrew. Direção esta que os leva para multidões dançando sem parar. Mesmo em um festival de rock.

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