Guitarristas latinos mandam no blues americano

Marcelo Moreira

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Por Redação
Atualização:

Guitarristas latinos em profusão no blues da América do Norte. Não é de hoje que isso ocorre, mas são poucos os que conseguira, o status de três músicos que simplesmente redefiniram um jeito de tocar o instrumento dentro do gênero. São eles Chris Duarte, Anthony Gomes e Lance Lopez.

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Chris Duarte é o mais bem-sucedido, e na minha opinião o melhor deles. Acabou de lançar "Infinity Energy", seu 1oº trabalho, em quase 30 anos de carreira - hoje tem 47. É um legítimo representante da escola texana, muito próxima do rock e do experimentalismo de ZZ Top, Fabulous Thunderbirds e Stevie Ray Vaughan.

"Infinity Energy" traz o melhor de Duarte: frases rápidas e melódicas, muita precisão e algum peso, mosytrando um blues-rock de primeira qualidade. Com uma Feder Stratocasster barata, começou a tocar em diversos clubes de jazz dos Estados Unidos até adquirir experiência e versatilidade.

 Foto: Estadão

Abraçou o blues em meados dos anos 80, mas só foi gravar o seu primeiro álbum solo em 1987, "Chris Duarte & The Bad Boys, 1987". O sucessom não veio, o que retardou o lançamento de seu segundo e melhor trabalho, "Texas Sugar/Strat Magik", de 1994. "Infinity Energy" é muito bom, e provavelmente é um dos grandes lançamentos do ano.

Já Lance Lopez também tem álbum novo, "Salvation from Sundown". Mais adepto do hard rock, tem uma pegada mais dura, mais reta, mas com um senso melódico muito apurado. Como Duarte, aposta em fraseados rápidos e pesados, mas não é tão técnico.

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Outra coincidência em relação ao texano Duarte: Lopez teve contato muito cedo com o jazz. Não poderia ser diferente, já que nasceu em uma cidadezinha do interior da Louisiana, Estado que hospeda a mais musical cidade norte-americana, Nova Orleans.

Foi nesta cidade que conheceu Jumi Hendrix aos 13 anos de idade, em 1990, o que o fez migrar para o blues e seguir os caminhos de seu pai, ao se fixar na Flórida aos 17 anos. Já tinha todas as influências de Stevie Ray Vaughan e B. B. King, que o ajudaram a vencer cinco concursos seguidos de novos talentos instrumentais.

 Foto: Estadão

Sua primeira experiência séria em estúdio só ocorreria em em 2003, quando escreveu, gravou e produziu o álbum "Wall of soul", junto com o guitarrista e amigo Eric Gales, que empresta um pouco de seu talento e habilidade com guitarra e vocal em algumas faixas do álbum.

 Em 2005 Lance se reúne com Buddy Miles para montar um projeto não oficial com "Band of Trouble" , com um ex Johnny Winter, Stevie Ray Vaughan e o baixista do Arc Angels, Tommy Shannon. Esta unidade combinou membros de "Hendrix's Band of Gypsys" e do Stevie Ray Vaughan, o "Double Trouble" para igualar com a última fundação final do trabalho de guitarra de Lance Lopez. Compartilharam em concertos com artistas como Rick Derringer, Joe Bonamassa, Chris Duarte e Kenny Wayne Shepherd.

No mesmo ano vem o segundo álbum com o seu pedigree, pelaGrooveyard Records, o "Simplify your vision". Nesta produção, ainda um pouc crua, Lance convidou alguns dos músicos mais pesados do funk, jazz e do blues-rock. Da força do groove de "Day fo Dreams" e James Brown, inspirado no funk de "Shake Joint" a faixa seria nomeada como "Tour-De-Force".

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Em 2007 ele grava o "Higher ground" que é um evento especial das guitarras de Lance e todos os outros instrumentos com o convidado especial uma estrela do blues texabo atual, Wes Jeans, nas faixas "Everytime I turn around" e "Hard livin'". Ainda em 2007 é lançado também o disco "Live" que já de primeira faixa Lance começa com a música "Spanish castle magic", um magnifico tributo a Jimi Hendrix.

Anthony Gomes está a quilômetros de distância dos outros dois, tanto em estilo como em localização geográfica. Canadense, filho de pai português,caiu de cabeça desde criança no blues e no rock. Respeitado músico de estúdio em Toronto e figurinha fácil em jam sessions com músicos da cidade em bares de blues, conseguiu angariar uma reputação de excelente instrumentista e ótimo no improviso.

 Foto: Estadão

Seu primeiro registro fonográfic o, no entanto, só saiu do forno em 1998, aos 28 anos, com Blues in Technicolor. Entretanto, foi nos últimos dois anos que a produtividade do guitarrista explodiu, com quatro álbuns colocados no mercado:  Anthony Gomes Live (2008),  Primary Colors (2008), Rebel Blue (2009) e New Soul Cowboys (2009).

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