Estadão
02 de janeiro de 2011 | 16h20
Marcelo Moreira
Um crítico de rock da Inglaterra dos anos 80 disse certa vez que a melhor banda de southern rock (gênero típico do sul dos Estados Unidos) da história era britânica. O exagero era evidente, mas apenas em relação ao gênero, não à qualidade da banda em si.
O Foghat nunca foi um sucesso de crítica quando surgiu na Inglaterra, em 1973. Sua mistura de blues acelerado com guitarras pesadas desagrava a críticos e não conseguia atrair a atenção do público roqueiro da época, mais interessados nos legítimos sulistas e veteranos Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd, e logo depois no Molly Hatchet.
A coisa mudou em 1977, com o primeiro álbum ao vivo, que estourou as vendas nso Estados Unidos e na Europa. O que se convencionou chamar de boogie rock perdeu o fôlego nos anos 80, mas o Foghat nunca deixou de excursionar e lotar casas de show pela Europa.
Capa do CD "Last Train Home"
Nem mesmo a morte de dois integrantes fundamentais, “Lonesome” Dave Peverett e Rod Price, guitarristas e vocalistas, conseguiu extinguir o grupo. O novo álbum, “Last Train Home”, foi lançado em maio do ano apssado na Europa, e deve chegar ao Brasil em breve.
É um CD honesto e bastante energético – talvez sem a garra dos anos 70, mas com muita competência e feeling. Traz muitos covers e versões interessantes para sucessos próprios, mas vale mesmo pelo trabalho eficiente de guitarras. Abaixo, uma canção do novo CD, “495 Boogie”.
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