Estadão
24 de dezembro de 2012 | 07h06
Roberto Nasciomento
Por toda a aura de Guitar Hero associada a Eric Clapton (foto), é curioso que o seu grande disco seja tão controlado. Mesmo nos momentos mais esfuziantes – como o diálogo entre as duas guitarras que solam sobre Cocaine –, Slowhand arde com um virtuosismo dosado.
Os solos são precisos, as canções são reduzidas ao essencial. Muita categoria, o mínimo de esforço. Como se Sócrates, em vez de dar passes de calcanhar, resolvesse tocar guitarra. Slowhand acaba de ser relançado em edição de luxo, remasterizado, com faixas extras e um segundo disco com canções gravadas ao vivo.
Entre as que não fizeram parte do disco original, estão Alberta, um blues que Clapton regravaria. A bela balada Stars Strays and Ashtrays é o destaque entre as novas. Com arranjo mais escrachado, soa como a única que merecia estar no disco original, ao lado de clássicos como Lay Down Sally e Wonderful Tonight. Para os que buscam o deus Clapton, as gravações ao vivo trazem solos do músico em sua melhor forma.
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