A seção Mestres da Guitarra é dedicada aos gênios que, com seus instrumentos, fizeram e fazem a história do rock
Nome: Charles Hardin Holley

Nascido numa família de músicos, Holly aprendeu a tocar ainda pequeno (experimentou violino, piano e steel guitar) e logo passou a ganhar algum dinheiro fazendo cover demúsica country com colegas de escola, principalmente Bob Montgomery.
A virada veio em 1955, quando Holly viu Elvis Presley - "Sem Elvis nenhum de nós teríamos feito isto", diria o guitarrista pouco depois, em 1958, a Ren Grevatt, colunista da Billboard.
Em outubro de 1955,Buddy e Bob fizeram a abertura de um show de Bill Haley & The Comets no Fair Park Coliseum. O produtorEddie Crandall gostou do que viu e intermediou um contrato com a Decca Records.
Holly foi para Nashville e gravou umas 12 músicas. Só que a gravadora insistia num formato country, que não fazia mais sentido para suas músicas. Sem grande resultados, o contrato não foi renovado.
De volta a Lubbock, Holly mergulhou em sua guitarra, praticando, tocando e escrevendo como nunca com o baterista e grande amigo Jerry Allison. Os dois costumavam gravar demos em estúdos locais.
E foi numa dessas gravações, na madrugada de 25 de fevereiro de 1957, no estúdio de Norman Petty, em Clovis, New Mexico, que eles gravaram That'll Be The Day - o título foi tirado da famosa fala de John Wayne em Rastros de Ódio (The Searchers, 1956, obra-prima do diretor John Ford). Empolgado com a música, Petty usou seus contatos e a Coral Records, subsidiária da Decca, contratou Buddy e a banda, os Crickets.
A formação original incluía, além de Holly e "J.I." Allison, o baixista Joe B. Mauldin e o guitarrista Niki Sullivan, que deixou o grupo após a primeira turnê nacional, em 1957. Daí para frente, os Crickets continuaram como um trio.
E foi com o trio que Holly fez uma turnê pela Inglaterra, em março de 1958, influenciando definitivamente gente como Paul McCartney, John Lennon, Keith Richards e Mick Jagger - um dos primeiros sucessos dos Stones foi Not Fade Away, de Holly.
Relacionamentos Enquando Holly conhecia (em junho de 1958) e se casava com Maria Elena Santiago (em 15 de agosto), seu relacionamento com Norman Petty se desgatava - eles deixaram de trabalhar juntos em outubro. As coisas com os Crickets também não iam bem - por causa do casamento, excesso de shows, dinheiro... O grupo deixou de existir no fim daquele ano.
O casal mudou para um apartamento no Greenwich Village, em Nova York, e Holly, novamente, mergulhou na guitarra.
Enquanto as pendências econômicas com Petty e os Crickets eram resolvidas, a sua agência General Artists Corporation ofereceu uma fonte alternativa de renda - uma turnê de três semanas pelo meio-oeste, a Winter Dance Party, que contava com Ritchie Valens, J.P. Richardson (mais conhecido como The Big Bopper) e Dion and The Belmonts.
A 'festa' começou em 27 de janeiro de 1959 e praticamente todos os músicos ficaram doentes por causa do rigoroso inverno. Quando a turnê chegou a Clear Lake, em Iowa, Holly decidiu alugar um pequeno avião para ir até a próxima parada da Dance Party (Fargo, North Dakota) depois da apresentação do dia 2 de fevereiro.
Já passava da 1h quando Roger Peterson, piloto do Beechcraft Bonanza, levantou vôo sob péssimas condições de tempo levando Holly, J.P. e Valens. Menos de cinco minutos depois, à 1h5, a aeronavecaiu num milharal. Ninguém sobreviveu.
Everyday, Maybe Baby, Rave On