Estadão
17 de agosto de 2012 | 02h00
A mais fina psicodelia do momento – tão refinada quanto a do Flaming Lips, mas sem o aspecto performático, passou pelo Brasil em agosto. “Nunca estive aí antes. Tudo que sei sobre o Brasil está resumido em um nome: Os Mutantes”, diz o novo gênio da space trip universal, o australiano Kevin Parker, líder do Tame Impala, falando à reportagem por telefone. “Esses caras foram realmente visionários. Acho que o som deles tem tudo a ver com o nosso. Acho que conheço também Jesus Come back to Earth (de Arnaldo Baptista). Esse som tem tudo a ver com o som do Tame Impala”, conta o músico.
O Tame Impala se tornou um culto mundial após um único disco, “Innerspeaker”, lançado em 2010. O nome esquisito deriva de um animal, um tipo de antílope, cujo nome é Impala.
Não tinham mais nada gravado, mas chegam ao Brasil a bordo de um novíssimo álbum, que só será lançado em outubro, “Lonerism” (Modular Recordings). “Vamos tocar algumas canções do novo disco aí. Não sei quantas. Quando tocamos ao vivo, a gente foca no repertório mais conhecido, mas estamos experimentando com as músicas novas”, afirmou.
Uma que Kevin promete que vai tocar é “Apocalypse Dreams”, o primeiro single do novo disco. “Eu gosto de David Gilmour, eu gosto do Pink Floyd. Quando eu ouço o Pink Floyd, me dou conta de quão intenso era o space rock. Mas também ouço outras bandas”, diz o músico.
Por exemplo: eles costumam tocar uma cover de “Angel”, do Massive Attack. “Claro, o trip hop também foi muito influente para a gente. Mas há uma diferença, eles usam muito o eletrônico, a gente não, tocamos nossos instrumentos”. Os outros paladares da banda são Dominic Simper (guitarra), Nick Allbrook (baixo) e Jay Watson (bateria e vocais de apoio).
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