Estadão
10 de abril de 2013 | 11h48
do blog ZP
Para iniciar os trabalhos da noite, novamente respeitando o cronograma informado pela Liberation M.C que nos traz este show, todo o peso, energia e disposição de sempre do hardcore-metal do gigante Paura toma o palco e já dá a entender o porque foi escalado para esta prova de fogo.
Pouco se pode acrescentar sobre um show do Paura que já não tenha sido dito anteriormente, a melhor banda de hardcore-metal nacional, com o melhor baterista do Brasil, prestes a embarcar em sua nova tour Européia despeja fúria, técnica, energia e peso, sem dó alguma do público, que mesmo não muito receptivo, se assusta com essa apresentação de peso.
No set de sua apresentação, a banda foca em seus trabalhos mais recentes e músicas mais pesadas, indo de Integrity Department, Worthless Progress, e Discharge the Man, até Bull Control e Demmanded on Hate, ou seja, riffs pesados, muita gritaria, breakdowns e uma aula de técnica e energia. Impressionante, sempre.
Logo na sequência, com a casa de shows completamente lotada, o Bad Brains sobe ao palco, e sem muita cerimônia, inicia sua apresentação: após uma breve intro, onde já não se via uma pessoa parada na casa de shows, entoa na sequência o hino Atittude: Don’t care what they may say we got that attitude melhores palavras não poderiam descrever a banda no palco.
A seguir, a banda divide sua apresentação entre músicas clássicas, hinos que acompanharam a adolescência de muitos ali presentes, como Sailling on, I&I Survive e algumas músicas de seu trabalho mais recente Into the Future de 2012, com momentos totalmente reggae/dub como em Jah Love e I luv, I jah.
O enigmático vocalista H.R se torna a figura chave do show, um catalisador de atenção, sempre carregando suas inseparáveis mochilas, o vocalista parece viver numa bolha, num mundo a parte, munido de seus fones de ouvido e endumentárias rastafari, o vocalista mal canta suas músicas, com tamanha receptividade do público, que faz um verdadeiro karaokê do hardcore, o vocalista apenas entoa algumas vocalizações, e rege a galera como um maestro, e entre suas caras, bocas e trejeitos, faz uma apresentação única e mágica, genial, louca, qualquer adjetivo usado aqui seria apropriado.
O show segue com clássico em cima de clássico, Banned in D.C, Soulcraft, “At the movies Re-ignittion e Pay to cum destroem o público, sem dó, executados tal qual a gravação original, com peso e técnica surpreendentes. A seguir a banda deixa o palco, retornando logo após para o bis com o hino imortal I Against I”. Fim de papo, e jogo ganho, por goleada.
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