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A mente por trás por Liven Louder

Vicente Reckziegel - do site Witheverytearadream

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Por Redação
Atualização:

Elucidativa. É assim que pode ser analisada esta entrevista realizada com o presidente da Top Link, Paulo Baron. Em seus 25 anos de existência, a empresa já trouxe artistas de todos os gêneros para se apresentarem no Brasil. Seja rock ou Metal, tudo sempre foi organizado da forma mais profissional possível. E para comemorar esta data, sem dúvida importante, tratando-se do nosso querido Brasil, A Top Link está realizando, no próximo dia 14 de Abril, o evento Live n' Louder, uma celebração a história do Metal.

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Com nomes como Twisted Sister, Metal Church, Sodom, Molly Hatchet, Loudness e Angra, o "Lnl" tem tudo para ficar registrado na mente dos que irão conferir essa celebração a música. Na entrevista, Paulo fala sobre isso, os projetos futuros da Top Link e até mesmo sobre suas surpresas e decepções no mundo da música.

Bom, antes de tudo, não podemos deixar de falar do principal evento da Top Link neste primeiro semestre, o Live n' Louder. Como está a preparação deste grande evento?

Paulo Baron - Estamos nos preparando e trabalhando bastante. É muita dedicação, contratos, vistos de trabalho, palco, entrevistas, vendas de ingressos, publicidade, promoção, e problemas que vão acontecendo no meio do caminho. Estamos todos muito ansiosos e esperamos que o evento seja um sucesso, já que está sendo um evento feito com coração, e também com muito stress.

E como rolou a escolha das bandas que irão se apresentar? Pois o cast realmente é uma celebração do Metal dos anos 80, com bandas clássicas surgidas naquela década.

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Paulo Baron - Primeiro foi o Twisted Sister, que são velhos amigos, e pessoas que pessoalmente gosto muito, e são uma das minhas 3 bandas favoritas de todos os tempos. Depois disso, fui buscando em nosso escritório, bandas que eu gostava, e estava vendo se elas continuavam na ativa. Escutei também conselhos do Ricardo Batalha da Roadie Crew, o Carlão da Animal Records, e o Junior da Let's Rock, amigos meus que tem os mesmos gostos que eu tenho para as bandas, e quase todos concordavam com as bandas escolhidas. A escolha de cada banda sempre é uma emoção, já que, neste momento, surge o lado fã que temos escondido dentro de cada um de nós.

Ainda teremos uma parte dois do Live n' Louder no segundo semestre, correto? Poderia adiantar alguma coisa para os fãs?

Paulo Baron - Tenho várias coisas em mente, mas nada concreto. Primeiro, quero ver, qual vai ser o resultado do Festival. Como sempre falei, organizar um festival é muito complicado, mesmo com uma estrutura reduzida como estamos fazendo. Agora, com a situação dos vistos, que ficou mais difícil para estrangeiros que vem pro Brasil, e vários outros assuntos de produção, fica tudo mais complicado. Então tudo vai depender que a venda de ingressos seja um sucesso, se não, por mais que seja uma celebração, se não acompanhar um bom retorno financeiro, não vale a pena seguir insistindo.

Lá se vão 25 anos da Top Link, uma data a ser celebrada, ainda mais em nosso país, onde usualmente é muito difícil realizar e coordenar shows com um verdadeiro profissionalismo. Quais os próximos objetivos?

Paulo Baron - Eu sempre tentei criar a característica da Top Link de um jeito emotivo, mas com profissionalismo. O que eu quero dizer com isso? Sempre com bandas que eu curti, ou que aprendi a ir curtindo com o tempo. Para mim, toda vez que vem um artista, que significou alguma coisa em alguma etapa da minha vida, e tê-lo perto e tocando em um evento meu, é uma grande alegria. Eu ainda me pergunto quais serão os próximos passos a tomar, porque, no momento, consegui atingir as metas que eu me propus. Podem não ter sido as maiores ou as melhores para outras pessoas, mas com certeza pra mim ficarão registradas, no coração, na memória, e com certeza tive o retorno de poder viver, ininterruptamente durante 25 anos, somente da música.

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Tem alguma banda que você gostaria muito de trazer ao Brasil, mas que infelizmente ainda não foi possível?

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Paulo Baron - Tem bandas que eu amo, e que eu não quis entrar na negociação para trazê-las, porque tenho medo de não poder curtir o evento que estou fazendo. Isso foi o caso do Def Leppard, e do Van Halen. Mas pelo menos tive um pedacinho desse sabor, quando trouxemos o David Lee Roth no Live N Louder. Assim, para ser sincero, para mim depois de ter trabalhado com as bandas do coração, como Scorpions, artistas que significaram uma inspiração pra mim, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Buddy Guy, Carlos Santana, Motorhead e Dio, creio que meu universo musical está preenchido.

E qual foi a mais grata surpresa dentre as bandas que já trouxeram, aquela que não esperava um retorno tão satisfatório? E alguma decepção já aconteceu também?

Paulo Baron - Todas as bandas pra mim foram uma grata surpresa. Enquanto o relacionamento entre o artista, booking, management e produtor, é harmoniosa, é uma satisfação, porque os artistas que nós trabalhamos, são artistas que gostamos, que curtimos, não somente no gênero Rock/Metal, mas sim em todos os tipos de estilos que a gente tentou abordar. Sobre decepções, sim já tive várias. Quando fiz a turnê com o Heaven and Hell, foi decepcionante ver como a equipe do Heaven and Hell, e os músicos, com exceção do Ronnie James Dio, eram pessoas com uma vibração muito negativa, e existia um sentimento muito ruim entre eles. Isso me decepcionou muito, já que eu tinha feito mais de 20 datas com o Ronnie James Dio, e não entendia como um músico com o carisma, personalidade e o coração do Ronnie, estivesse fazendo parte desse assunto. Também tive decepção com Megadeth, porque o clima também era muito pesado dentro do crew e banda. Também tem artistas que podem ser grandes pessoas, mas os booking e managers que ficam ao lado deles são totalmente desagradáveis e arrogantes. Por algumas vezes, essas pessoas me deixaram com vontade de nunca mais querer trabalhar com esse artista. O fato de chegar ao ponto de você não querer nem assistir o show. Como seres humanos, somos muitas vezes piores que animais.

 O Metal Open Air trouxe uma série de problemas para quem organiza eventos musicais de grande porte no Brasil, correto? Após todo esse tempo, como você analisa toda aquela situação?

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Paulo Baron - O que aconteceu no Metal Open Air, está muito mais que conhecido, creio que não tenho nada para comentar a isso, mais que as próprias pessoas que estavam presentes puderam presenciar. Eu analiso que isso deixou um pouco desconfiados os fãs que tinham um sonho, e que o sonho foi quebrado violentamente, mas seria bom ver esse evento como um evento isolado, e buscarmos fortalecer a cena, porque um fato importante existe, sem o fã, não tem promotor, sem artista, não tem promotor, mas sem promotor, não tem show.

LIVE N' LOUDER ROCK FESTIVAL PARTE 1 Local: Espaço das Américas Endereço: R. Tagipuru, 795, Barra Funda - São Paulo, 01156-000 Data: 14/04/2013, domingo Horário de início do show: 17h40 Duração: 6h00 (aproximadamente) Abertura da casa: 16h Informações e compra de ingressos: Bilheteria: Camarote Limitado R$ 500,00 - meia entrada R$ 250,00 Pista 1º Lote R$ 300,00 - meia entrada R$ 150,00 Bilheteria oficial SEM taxa de conveniência: Espaço das Américas: Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda Funcionamento: de segunda a quarta (das 10h00 às 19h00), e de quinta a sábado (das 11h00 às 19h00). Formas de Pagamento: cartões de crédito, débito e dinheiro Vendas Online: www.ticket360.com.br Call center Ticket360: (11) 2027-0777 Estacionamento: anexo ao local Área para fumante: sim Acesso para deficientes: sim Estacionamento no local: sim Censura: 18 anos

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