Seguimos nossa série sobre como funciona o processo de distribuição de filmes no Brasil. Para continuar o papo, é importante apresentar quem são os "protagonistas" desta história.
Há dois tipos de distribuidoras:
Majors | São empresas internacionais que têm filiais aqui no país. É o caso da Warner, Fox, Disney, Columbia Pictures e Paramount. Mas há também as...
Independentes | Não são ligadas a qualquer companhia maior, como a Mais Filmes, Pandora, Europa, Downtown Filmes e MovieMobz, por exemplo.
"As majors fazem contratos com produtores que incluem distribuição em vários países, inclusive o Brasil. As independentes compram seus filmes no exterior e os trazem para cá", explica Paulo Sérgio, cineasta e diretor do portal Filme B.
O namoro entre distribuidores (que detêm os direitos dos filmes) e exibidores (que possuem as salas onde o público poderá vê-los) tem hora e lugar para acontecer.
Duas grandes feiras de negócio anuais ajudam a definir o calendário de estreias do ano: o Festival de Inverno de Campos do Jordão, em maio, e o Show Búzios, em novembro.
A data em que cada filme entra em cartaz não é imposta pela distribuidora. Depende de um acordo com o circuito, cuja agenda é também regulada pela concorrência entre as diferentes empresas (Cinemark, UCI, Grupo Serveriano Ribeiro, etc). Ninguém quer ficar para trás se o rival decidir lançar antes um filme importante, como Homem de Ferro 2.
Esse equilíbrio de forças também define as praças (cidades ou regiões) onde cada filme chega primeiro. Claro que, para as distribuidoras, o interessante é que sua obra vá onde houver mais dinheiro - no caso, os grandes centros urbanos.
Neste domingo (28), na terceira parte da série, saiba quem leva a maior parte do dinheiro que você deixa na bilheteria - a distribuidora, o exibidor ou o produtor do filme. (Renata Reps)