(Este é o terceiro post da série sobre o mercado e os desafios do 3D. Veja os anteriores.)
Existe um problema financeiro na ampliação do cinema tridimensional em vários países do mundo, inclusive o Brasil. Para montar uma sala desse tipo, três equipamentos de alta complexidade são necessários:
Um projetor especial | com softwares específico (Real D, Dolby 3D ou X Band, a depender da escolha da cadeia exibidora) e também um servidor que armazena as imagens.
Um painel | colocado na frente do projetor, constituído por 2 milhões de espelhos móveis e uma lâmpada xenon de 7.500 watz - que produz um calor ao qual o chip do projetor tem de ser suficientemente resistente. Esse painel polariza as imagens que vão para o olho esquerdo e direito e, sucessivamente, dão a impressão tridimensional.
Óculos especiais | sejam eles descartáveis ou reutilizáveis como os distribuídos pelo Cinemark.
Cada equipamento completo custa em torno de US$ 120 mil. Somado a isso, há o preço da manutenção, que também é extremamente cara.
Há mais de 20 mil cinemas digitais pelo mundo, sendo cerca de 2.500 em 3D. Destes, 1.800 ficam nos EUA, que detém o monopólio da produção da tecnologia pela empresa Texas Instruments.
Ninguém, no entanto, previu o sucesso imediato do 3D. Alguns exibidores brasileiros que pensaram na instalação dessas salas depois de setembro de 2009 não conseguiram acompanhar o lançamento de Avatar, devido à enorme demanda e pouquíssima oferta. "Se a frequência de lançamentos se mantiver no mesmo ritmo, haverá a necessidade de cerca de dez mil telas 3D até 2013", explica Alessandra Medeiro, pós-doutora em Film Studies pela Universidade de Londres. Será que é possível?
Amanhã (6), no quarto post da série, as medidas do mercado para popularizar a novidade. (Renata Reps)