Estadão
06 de abril de 2010 | 17h30
Cenógrafo, artista e colecionador. Zé Carratu é um potencialista que resolveu fazer mais pela arte – e pelo centro da cidade de São Paulo. Para recuperar a região, somente povoando-a, certo? Então Zé, um dos primeiros a mostrar grafite como arte no Brasil, comprou com o empresário italiano Edoardo Baptista um apartamento de Ramos de Azevedo, na Líbero Badaró – próximo à nova Secretaria da Cultura, com vista para o Vale do Anhangabaú e o Teatro Municipal.
No apê vai abrigar a sua coleção e, eventualmente, mostrar o trabalho de artistas nos quais acredita. Sem nome, nem indicação na porta, o apartamento será aberto pela primeira vez no dia 17 de abril, com os 300 m² cobertos por trabalhos feitos pelo brasileiro Sandro Akel.
Se, objetivamente, a obra de Akel é construída por objetos, como lambe-lambes e outros cotidianos deslocados de seus lugares de origem para ganharem novos significados como arte; subjetivamente, conceitos são deslocados da história da arte para gerar novos diálogos nos trabalhos do artista.
Daí vem o nome da mostra: Deslocamento. Logo mais o apê do Zé vai servir de máquina do tempo. Há uma conversa para reunir os Tupinãodás para discutir a cena de streetart desde os anos 1980
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