A maior punição foi dada à Império de Casa Verde, que deverá pagar uma taxa de R$ 43.540 (70 salários mínimos). A escola também perdeu, por seis meses, direito de participar de decisões administrativas da Liga. "Vamos acatar essa punição", disse o presidente da Império, Alexandre Furtado. "Como o Tiago (Faria, indiciado por rasgar parte das notas da apuração) estava sentado na nossa mesa, tivemos nossa parcela de responsabilidade."
Segundo Furtado, Faria era um integrante novo na escola. Mesmo assim, em 21 de fevereiro, conseguiu uma pulseira que lhe permitiu acesso à área onde os diretores das agremiações acompanhavam a apuração, no Sambódromo do Anhembi. Quando as notas do último quesito eram lidas, houve uma confusão entre os dirigentes. Faria subiu no palco e rasgou algumas notas.
Outros carnavalescos invadiram o local onde as notas eram lidas. O diretor de carnaval da Camisa Verde e Branco, Alexandre Salomão, o Teta, chegou a jogar envelopes vazios para cima. "Hoje, com a cabeça fria, não faria uma coisa dessas. A gente tem mais é que aceitar a punição dada pela Liga", afirma. A Camisa pagará R$ 12.440 de multa e ficará quatro meses sem votar em decisões da Liga.
"Prometi para mim mesmo que não vou mais acompanhar apuração. Passo muito nervoso. Vou tomar um remedinho e ficar dormindo em casa", disse Teta que, em 2011, havia passado mal durante a contagem das notas.
A Gaviões da Fiel também recebeu uma punição severa. Terá que pagar uma taxa de R$ 24.880 à Liga pelo tumulto e mais uma indenização de R$ 12.440 à Pérola Negra, que teve um dos seus carros alegóricos incendiado por integrantes da Gaviões. A Liga julgou que Pérola, Rosas de Ouro e Vai-Vai tiveram uma participação menor na confusão e aplicou penas menores a elas. Cada uma foi multada em R$ 6.220 e recebeu uma advertência por escrito.