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'Vai Malandra' da Anitta é a 4ª música mais ouvida no mundo pelo YouTube, mas não deve entrar no Hot 100 da Billboard; entenda por quê

Apesar dos diversos recordes, cantora ainda deve ficar fora da lista global de músicas por um tempo

Por Alexandre Ferraz Bazzan
Atualização:

Reprodução do videoclipe de 'Vai Malandra' Foto: Estadão

Na semana passada, diversas publicações anunciaram que a Anitta tinha atingido o Top 10 da Billboard. A cantora, na verdade, entrou na lista dos 10 artistas mais importantes nas redes sociais, o que não é pouca coisa. Se o Brasil é um dos países mais ativos no Facebook, Twitter e Instagram, no consumo de música ainda estamos engatinhando e é exatamente por isso que Vai Malandra dificilmente deve entrar para o Hot 100.

A mais nova música da carioca foi a quarta mais escutada pelo YouTube em todo o mundo na semana passada e está entre as 50 mais executadas no Spotify, na 45ª colocação. Ela é a primeira brasileira a emplacar duas canções simultâneas no Top 50 global do serviço de streaming(Downtown segue na 27ª posição).

Reprodução do Top 50 do YouTube na página da Billboard Foto: Estadão

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Com tantos números favoráveis, você deve estar se perguntando: como é que ela não consegue entrar no principal ranking de músicas do mundo? A resposta é muito simples. A Billboard compila medições da Nielsen, que leva em conta 3 fatores: vendas físicas e digitais, execuções de rádio e de streaming. Se Anitta luta de igual para igual com os grandes artistas quando se trata de streaming, no quesito rádio e venda de música ela perde de lavada.

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Para se ter ideia, uma pessoa que compra 1 disco na loja equivale no ranking a 1500 streamings. A Billboard ainda tem um "ponto cego" na medição de execuções em rádios, o que prejudica a brasileira. Não importa quanto as rádios brasileiras toquem Vai Malandra, a Nielsen avalia apenas regiões dos EUA.

Anitta tem apenas 24 anos e é bem possível que ela emplaque músicas no Hot 100 da Billboard no futuro, ainda mais se ela seguir na expansão global de sua carreira, mas por enquanto, com as métricas usadas, é como se ela começasse todo jogo perdendo de 7 a 1. Quem sabe, consolidando sua presença em outros países da América Latina e EUA e aumentando o número de shows lá fora, ela consiga competir com fenômenos como Despacito e os gigantes da música internacional.

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