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Mostrinha Livre tem exibição de curtas-metragens para a garotada

 

Por Jerusa Rodrigues
Atualização:

 

Mostrinha Livre 2014 exibe coletânea de curtas para crianças de 31/5 a  8/6, no Centro Cultural Banco do Brasil. Programa é uma das atrações da Mostra do Filme Livre.

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A sessão infantil é exibida aos sábados e domingos, às 14h.Tudo grátis, mas vale chegar um pouquinho antes para garantir o ingresso. A mostra tem, inclusive, filme feito por crianças para crianças, caso de 'Jeferson e Astrelóide' e 'A Saída do Beco'. 

Exibição dos curtas:'Um Rio' (SP), de Marcelo Bala e Andrea Pesek'Linhas e Espirais' (CE), de Diego Akel'Meu Foguete' (SP), de Marcelo Bala e Andrea Pesek'Jeferson e Astrelóide' (RJ), crianças do Complexo da Maré - projeto Maré sem Fronteiras'O Filho do Vizinho' (DF), de Alex Vidigal'Olho Vivo na Natureza' (RJ), de Cristiano Requião'Antes de Acabar' (SP), de Rodrigo Augusto Cavalheiro'Paleolito' (RJ), de Ismael Lito e Gabriel Calegario'A Saída do Beco' (RJ), crianças do Complexo da Maré - projeto Maré sem Fronteiras'À Sombra do Cavaleiro' (RJ), de Artur Junges e Matheus Lourenço

 

  Para ter uma ideia do trabalho, segue aqui 'Jeferson e Astrelóide' (RJ), curta produzido por crianças do Complexo da Maré - projeto Maré sem Fronteiras

  

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//www.youtube.com/embed/6gtXIRDbpvY

 

 

E 'A Saída do Beco' (RJ), também produzido por crianças do Complexo da Maré - projeto Maré sem Fronteiras 

//www.youtube.com/embed/_aOAsGVBCfs

 

 

Para entender mais sobre o projeto, conversamos com Suélen Brito, uma das coordenadoras do projeto Maré Sem Fronteiras, dosfilmes 'Jeferson e Astrelóide' e 'A Saída do Beco'.

Como funciona o projeto Redes da Maré?A Rede existe há 17 anos. Sou nascida e criada na comunidade e só mudei há dois anos. Estudei na Rede e sempre quis ser pintora. Sempre me envolvi na área de projetos culturais e educação. Fiz faculdade na UFRJ e circulei muito nas redes culturais. Desde 2014 coordeno a Maré sem Fronteiras.

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De quem foi a ideia de fazer um filme?Temos duas oficinas de audiovisual, para crianças e adolescentes. E vimos as linguagens como uma forma de expressar as questões do cotidiano, como violência, família, défice de aprendizagem e questões do mundo dos adolescentes mesmo. Então decidimos ampliar a linguagem, além do cinema, da arte e da literatura. Por isso os temas têm algo do cotiano, de um processo de criação, mas tem muito do fantástico. É um trabalho coletivo que envolveu todos. Inclusive quatro desses adolescentes foram para a escola de cinema este ano (os filmes foram feitos em 2013).

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Qual a faixa etária das crianças? Oficina para crianças de 7 a 11 anos. E para adolescentes, de 12 a 16 anos.

Quantas crianças trabalharam no projeto? O processo todo foi com umas 35, 40 crianças.

Como funcionou a divisão das tarefas?As crianças fizeram tudo: roteiro, captação, edição, animação e escolha dos planos. Apenas na edição e montagem eles tiveram ajuda técnica, pois é necessário um conhecimento específico para operar os botões, mas eles fizeram parte deste processo também. A finalização é feita com o apoio dos educadores. Foi um ano inteiro, contando histórias, vendo filmes, muitos não comerciais.

Quem banca financeiramente o projeto?É um projeto desenvolvido pela Redes da Maré em parceria com o Criança Esperança. 

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E em 2014?Estamos fazendo novas oficinas de audiovisual, teatro, música em movimento, literatura, família e educação ambiental. Nossa intenção é quebrar essas barreiras simbólicas. Organizamos 'bicicletadas', passeios ciclísticos com oficinas de memória local sobre o espaço e os personagens. A equipe vai ao Piscinão de Ramos, por exemplo, ouve as histórias dos moradores e pesquisa sobre o local. Todo material apurado é utilizado em sala de aula, na construção do conhecimento.

 

ONDE: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. R. Álvares Penteado, 112, Centro, 3113-3651. QUANDO: 31/5 a 8/6, 14h.QUANTO: grátis (senha 1h antes de cada sessão).

 

 

 

 

Crianças produzem filmes no Complexo da Maré. Crédito: Elisangela Leite http://redesdamare.org.br

 

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