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Retrato da arte de agora

"Com essa mostra temos a capacidade de tirar em quatro meses um retrato muito abrangente do que é a produção contemporânea mundial", diz o presidente da Fundação Bienal de São Paulo, o empresário Heitor Martins, de 42 anos. Em maio de 2009 ele assumiu a presidência da diretoria executiva da instituição e centrou seu projeto na reestruturação da entidade. A realização desta 29.ª edição do evento é, portanto, resultado de uma série de ações voltadas para a reafirmação da Fundação Bienal no cenário brasileiro e internacional.

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Por Redação
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Com entrada gratuita, a mostra quer passar uma ideia de grandiosidade - orçada em R$ 29 milhões, vai apresentar mais de 800 obras de 159 artistas nacionais e estrangeiros. Sua meta é a de que o pavilhão da instituição receba 1 milhão de visitantes durante o evento, sem que tenha sido necessário fazer uma exposição com "apelo", diz Martins, "de núcleos históricos e artistas homenageados com salas especiais".

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O presidente da Bienal de São Paulo ainda destaca, como parte fundamental do caráter contemporâneo da mostra, o diálogo intenso que se faz entre as obras selecionadas pelos curadores e outras modalidades de arte, como poesia, muito cinema e espaço de leitura. "A arquitetura foi incorporada ao conceito da mostra, o programa educativo faz parte da exposição, temos uma programação digital (o site da Bienal foi remodelado) que nunca houve", enumera Martins ao mesmo tempo em que salienta algumas apostas da mostra, realizada numa presidência - a sua - agora sem dívidas financeiras. Hoje a Bienal tem parcerias firmadas com o Ministério da Cultura, governo do Estado de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e ainda se vale de patrocinadores da rede privada (por meio de Leis de Incentivo, mas também de recursos diretos). "A próxima gestão é a consolidação da instituição com seus novos mecanismos de gestão", diz Martins.

Uma das novidades desta edição da Bienal de São Paulo é o projeto de itinerâncias pelo Brasil, ao longo de 2011, "de seis a nove lugares no interior do Estado, no ", sempre com recortes da exposição. A ação, orçada em R$ 12 milhões, depende da aprovação do Ministério da Cultura para a captação de recursos. Os projetos estão a caminho, como a comemoração dos 60 anos da Bienal de São Paulo (a primeira edição da mostra ocorreu em 1951), que terá como destaque uma grande mostra de arte contemporânea, exibida no próprio pavilhão e feita em parceria com o museu Astrup Fearnley de Oslo, Noruega.

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