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Literatura e mercado editorial

'Nossa necessidade por um deus exterior vai diminuir no futuro', diz Dan Brown na Feira de Frankfurt

Ele está lançando 'Origem', o quinto livro da série com o simbologista Robert Langdon

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Dan Brown, 200 milhões de livros vendidos em 56 línguas, é o maior best-seller nesta edição da Feira do Livro de Frankfurt. Ele está na Alemanha para o lançamento de Origem, o quinto da série protagonizada por Robert Langdon e que já está disponível nas livrarias brasileiras.

Dan Brown promove seu novo romance na feira alemã ( Foto: Daniel Roland/AFP)

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Este novo livro, situado na Espanha, fala, mais uma vez, sobre religião e, também de novo, mais um segredo sobre a humanidade corre risco. O simbologista de Harvard tem pouco tempo para salvá-lo.

Foi ouvindo uma música, ele contou nesta quinta-feira, 12, que ele começou a pensar em questões como 'de onde viemos e para onde vamos'. Então, ele quis, com o livro, responder se Deus pode sobreviver à ciência. "Historicamente, nenhum Deus sobreviveu. O que será que vai acontecer em 100, 500, mil anos?", questiona.

Leia também: 'Origem', thriller divertido de Dan Brown, traz questões importantes e a correria habitual

Neste volume, o autor criou personagens de religiões diferentes. "Há cristãos, muçulmanos, judeus... É importante que a gente entenda que nossas religiões são mais parecidas do que diferentes. A diferença vem quando aparece a linguagem e a comunicação, ele disse.

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Para o autor de O Código Da Vinci, o terrorismo não tem a ver com religião, mas, sim, com escassez e a injustiça social.

Ele também falou sobre o futuro e comentou que tende a ser otimista. "Temos toda a tecnologia para explodir o mundo e não o fizemos." Para ele, o desenvolvimento da inteligência artificial pode transformar o conceito de divino. "Nós vamos começar a encontrar nossas experiências espirituais por meio da conexão com o outro. Nossa necessidade por um deus exterior, que nos julga, vai diminuir e, eventualmente, desaparecer."

Brown, que revelou ser leitor apenas de livros de não ficção, disse não se preocupar com a crítica ou com prêmios. "Escrevo o livro que quero ler".

No sábado, 14, à noite, ele volta à feira para um encontro com leitores.

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