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Literatura e mercado editorial

Babel: Uma breve retrospectiva do mercado editoral entre março e abril

Eu nunca tinha contado quantos livros e provas recebemos aqui no jornal. Ontem, voltando de férias, assustada com o volume que chegou à minha mesa, contei: 128 exemplares e algumas tantas provas em papel (e em pdf também). Resta agora dar uma boa olhada em tudo para ver o que vale ser resenhado, o que rende entrevista e o que foi desperdício de papel.

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Atualização:
 Foto: Estadão

Foi um mês agitado. E não digo isso só por esses lançamentos todos. Uma pequena retrospectiva:

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Concorrentes, Companhia das Letras e Objetiva fazem parte do mesmo grupo editorial agora.

Roger Mello ganhou o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante da literatura infantil. O anúncio foi feito na Feira do Livro Infantil de Bolonha, que prestou homenagem ao Brasil este ano. Foi algo como o que aconteceu na Feira de Frankfurt em 2013, mas com menor investimento e menor repercussão. Vale lembrar que a literatura infantojuvenil é um dos gêneros mais rentáveis para as editoras, e que o incentivo à leitura começa na infância.

Na Feira do Livro de Londres, Ricardo Almeida, do Clube dos Autores, ganhou o International Publishing Industry Excellence Awards na categoria Jovem Empreendedor em Iniciativas Digitais.

A Saraiva, dona do Prêmio Benvirá, lançou o Prêmio Saraiva. As categorias são estranhas - romance é considerado literatura adulta; crônica é juvenil e poesia, infantil. Mas vale R$ 20 mil para cada um dos primeiros colocados. Música também será contemplada.

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Os prêmios São Paulo, Paraná e Portugal Telecom abriram inscrições. E a pesquisadora Marisa Lajolo assumiu a curadoria do Jabuti no lugar de José Luiz Goldfarb.

Em sua segunda edição, o Prêmio Brasília escolheu como os melhores livros dos últimos dois anos O Sonâmbulo Amador (romance), de José Luiz Passos; A Verdadeira História do Alfabeto (contos), de Noemi Jaffe; Mirantes (poesia), de Roberval Pereyr; Nu, de Botas (crônicas), de Antonio Prata; Marighella - O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo (biografia), de Mário Magalhães; Lá no Fundo do Peito (infantil), de Mauro Martins; Marcéu (juvenil), de Marcos Bagno; e Jango: A Vida e Morte no Exílio (reportagem), de Juremir Machado da Silva. Eles ganharam R$ 30 mil.

A Amazon, que deve iniciar em breve (até maio, comenta-se no mercado) a venda de livros em papel (e depois de outros produtos) no Brasil, anunciou acordo com a Samsung. Usuários de tablets e celulares da marca que utilizarem o aplicativo da livraria digital ganham um e-book por mês - e podem escolher entre quatro títulos. Há conteúdo em português na lista.

Antônio Torres tomou posse na Academia Brasileira de Letras.

E morreu Gabriel García Márquez.

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(isso sem falar da Bienal do Livro de Brasília, do Festival da Mantiqueira, dos direitos de livros negociados, etc.)

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