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Palco, plateia e coxia

A Feira Paulista de Opinião, de Augusto Boal, está de volta

Por João Wady Cury
Atualização:
O dramaturgo e diretor Augusto Boal Foto: MARCOS D'PAULA/ESTADÃO - 2007

 

A Feira Paulista de Opinião, criada por Augusto Boal no Teatro de Arena e que teve sua primeira edição há exatos 50 anos, é reeditada pelo instituto que leva o nome do criador do Teatro do Oprimido.

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Organizada pela viúva de Boal, Cecília, pelo diretor Marco Antonio Rodrigues e pela produtora Gabi Gonçalves, a feira terá início com a reunião de 18 dramaturgos dia 30 no Teatro de Contêiner da Cia Mungunzá.

A ideia é que autor escreva um texto dramático de 15 minutos para ser apresentado em maratona com data a ser definida. Os textos, que devem ter em comum o olhar de cada para o Brasil de hoje, serão de autores como Grace Passô, Luis Alberto de Abreu, Mário Bortolotto, Pedro Kosowski, Sérgio de Carvalho. Coisa fina vem por aí.

 

XEPA DA CENSURA

Nos textos dramatúrgicos da 1.ª Feira Paulista de Opinião foram feitos 84 cortes pelos censores da Polícia Federal. E olha que o AI-5 viria meses depois. Os autores eram dramaturgos que foram se tornando referência, como Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade, Bráulio Pedroso, Plínio Marcos, além de Lauro Cesar Muniz, que participa da nova edição.

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PALAVRÕES DE ARTISTA

Aliás, depois de o evento sofrer a reprimenda de parlamentares pelo uso de palavrões no teatro, Boal instou os artistas a criar a própria lista de palavrões para que a classe lutasse contra. Daí saíram ditadura, censura, analfabetismo, fome, arrocho salarial e latifúndio.

 

 

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