O highlight, para mim, é o roteiro que Nabokov elaborou ainda jovem, na Berlim de 1924, e cuja sinopse dedico a Adriana Kuchler e Lucas Neves.
Chama-se "O Amor de Um Anão" e conta a história de um anão de circo sexualmente frustrado que dorme com a mulher do mágico, muda de cidade e fica oito anos esperando ela ir atrás dele. Quando a mulher enfim aparece, diz que tem um filho dele e corre para longe. O anão a segue, mas morre de ataque cardíaco aos seus pés. Depois, ela diz às testemunhas daquele momento que, na verdade, o filho havia morrido poucos dias antes (opa, desculpa, contei o final).
Em 1939, a revista Esquire publicou uma versão curta da história, chamada "The Elf Potato". Foi a primeiro texto de Nabokov publicado nos EUA.
Os outros intelectuais citados no texto da Salon são Kasimir Malevich, Winston Churchill, Theodor Adorno e Max Horkheimer (num roteiro conjunto), Georges Bataille, Aldous Huxley e Jean-Paul Sartre. Mas daí você lê aqui.
(Não sabia como ilustrar este post, daí fui com o primeiro anão estrela de cinema que me veio à cabeça, o Peter Dinklage, de O Agente da Estação. Só depois me lembrei que tinha também o Tatu).