A Voz dos Botequins
A voz dos botequins, a lama das sarjetas Os plátanos largando no ar as folhas pretas O ônibus, furacão de ferragens e lodo, Que entre as rodas se empina e desengonça todo, Lentamente, o olhar verde e vermelho rodando, Operários que vão para o grêmio fumando Cachimbo sob o olhar de agentes da polícia, Paredes e beirais transpirando imundícia, A enxurrada entupindo o esgoto, o asfalto liso, Eis meu caminho - mas no fim há um paraíso.
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Ao paraíso, pois.
(Verlaine também arriscava uns traços; o desenho no alto, feito por ele, é de Rimbaud, de quem era amante. A foto acima é só ilustrativa - a gente chama em jornal de "foto calhau" - do bar Bezerra, na Vila Romana, um mini-Frangó na variedade de cervejas. Hoje serve qualquer um do gênero.)