A eterna presença de Henrietta

Quando falei pro meu editor que queria escrever sobre A Vida Imortal de Henrietta Lacks, que sai agora pela Companhia das Letras, ele perguntou se não era caso de publicar o texto no caderno Vida em vez do Caderno 2. Defendi que não: embora envolva aspectos científicos, o livro é um misto disso com uma detalhada biografia da família da personagem título e um olhar detido sobre questões sociais e raciais no século 20, em especial nos EUA. E, como explica a autora, é todo construído para ser lido como ficção, embora todas as informações ali contidas sejam verdadeiras (aqui é bom esclarecer que o resultado dessa ambição dela é muito bom, porque, não raro, tentativas de escrever não ficção como ficção são temerárias...).

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Por Redação
Atualização:

Mais tarde, quando voltar da coletiva do Prêmio Jabuti, publico aqui a íntegra da conversa. Por enquanto, segue o texto que saiu hoje no Caderno 2.

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Livro resgata caso da mulher que, sem saber, deu origem à linhagem celular mais usada em pesquisas científicas

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Raquel Cozer - O Estado de S.Paulo

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Depois de morrer, Henrietta Lacks percorreu o mundo e alterou os rumos da humanidade. Essa poderia ser, de forma bem resumida, a descrição da história real narrada em A Vida Imortal de Henrietta Lacks, livro de estreia de Rebecca Skloot. E, se causa estranheza, isso não chega perto da sensação que o leitor tem ao atravessar as cerca de 450 páginas resultantes de mais de dez anos de pesquisas da jornalista científica norte-americana.

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