A coluna da semana

"N'um dia, n'uma hora, No mesmo lugar, Eu gosto de amar Quarenta Cincoenta Sessenta: Se mil forem bellas, Amo a todas ellas."

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Por Redação
Atualização:

Difícil imaginar gracinha similar no século 21: os versinhos acima aparecem na imagem a seguir, cartão de apresentação do escritor Joaquim Manuel de Macedo. Era uma peça de marketing editorial comum em meados do século 19. O autor de A Moreninha é tema da nota de abertura da coluna Babel desta semana, abaixo.

 Foto: Estadão

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[publicada no Sabático de 25/9]

BABEL

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Raquel Cozer, raquel.cozer@grupoestado.com.br - O Estado de S.Paulo

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HISTÓRIALivro recupera talento jornalístico de Joaquim Manuel de Macedo

O resultado de extensa pesquisa sobre a produção jornalística do médico e escritor fluminense Joaquim Manuel de Macedo (1820- 1882) chegará às livrarias ainda neste semestre pela Casa da Palavra, sob o título O Rio de Joaquim Manuel de Macedo - Jornalismo e Literatura no Século 19. A obra demandou sete anos de trabalho da jornalista e editora Michelle Strzoda e terá 700 páginas, boa parte ocupada por textos do autor de A Moreninha (1844) nunca antes reunidos em livro. Macedo foi, entre outras coisas, articulista do Jornal do Commercio por mais de 25 anos e criador, com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto Alegre, da revista literária Guanabara. Em artigos e crônicas, tratava de temas ainda hoje atuais, como a tentativa de revitalizar a cultura no Centro do Rio e o incômodo com o excesso de mendigos nas ruas. "Ele foi precursor do jornalismo cultural carioca. Sua história serve como fio condutor para entender melhor aquele período", diz Strzoda.

DEPOIMENTOFonseca exalta BioyPouco afeito a assinar textos de apresentação de livros, Rubem Fonseca abriu exceção para Diário da Guerra do Porco, de Adolfo Bioy Casares, que a Cosac Naify lança em outubro. Em alguns parágrafos, conta que leu o romance em 1969 e ainda guarda "forte recordação". Diz: "Embora A Invenção de Morel seja o livro mais famoso de Bioy, eu ainda prefiro Diário da Guerra do Porco."

MERCADO Selo literárioUm novo selo, dedicado exclusivamente à literatura, chegará ao mercado no ano que vem. Dedicado a clássicos e à ficção comercial, ficará sob coordenação de Joaci Furtado, que deixou a Globo Livros em agosto.

PRÊMIO 1 Poetas na finalSão de poesia dois dos três finalistas na categoria melhor livro da sexta edição do Prêmio Bravo! Bradesco Prime de Cultura. Esquimó, de Fabrício Corsaletti, e Monodrama, de Carlito Azevedo, concorrem com o romance Sinuca Embaixo d"Água, de Carol Bensimon. O vencedor será anunciado em 25 de outubro, na Sala São Paulo. Nas edições anteriores, os vencedores foram Leite Derramado, de Chico Buarque (2009), e O Filho Eterno, de Cristovão Tezza (2008).

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PRÊMIO 2 E os concorrentes?Até anteontem, o número de inscritos para os Prêmios Literários da Fundação Biblioteca Nacional era 20% maior que o total de 2009, quando 332 obras concorreram. Mas, como paga R$ 12.500 para cada categoria - enquanto o Jabuti, por exemplo, fica em R$ 3.000 -, a FBN esperava mais. Tanto que prorrogou o prazo de inscrições para esta segunda (27), pelo site www.bn.br.

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TEMPORADA Roteiro de NollNo mês que vem, João Gilberto Noll intercalará a preparação de seu próximo romance com uma temporada no exterior. Passará dez dias como escritor residente da Universidade de Madison, em Wyoming, e em seguida dará palestras na Universidade de Chicago e na Universidade Nacional do México, na cadeira de Guimarães Rosa.

BEST-SELLER 1 Americana no BrasilGeneen Roth, autora do best-seller Mulheres, Comidas e Deus, vem ao Brasil em novembro para uma série de eventos. Com 15 mil exemplares vendidos desde julho pelo selo Lua de Papel, da Leya, o livro teve trajetória ainda mais chamativa nos EUA - por lá, lidera desde maio as listas de autoajuda, com 2 milhões de cópias comercializadas.

BEST-SELLER 2 História de cinemaHá 76 semanas entre as ficções mais vendidas nos EUA, The Help, romance de estreia de Kathryn Stockett, sai no fim do ano pela Bertrand Brasil, sob o título A Resposta. A obra aborda a convivência de doméstica negra com dona de casa branca no Sul dos EUA, nos anos 60. Em abril, estreia por lá o filme baseado no livro, com Viola Davis (indicada ao Oscar por Dúvida) e Emma Stone (de Zumbilândia) nos papéis principais.

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