A coluna da semana

[Publicado no Sabático de 29/1]

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Por Redação
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BABEL

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Raquel Cozer - raquel.cozer@grupoestado.com.br

BIOGRAFIAHenri Matisse por trás da pintura

Matisse: The Life, de Hilary Spurling, a mais importante biografia sobre o francês (1869- 1954), chega às livrarias no segundo semestre pela Cosac Naify, que já lançou dois livros relacionados ao pintor, Matisse: Escritos e Reflexões sobre Arte (2007, textos dele) e Matisse: Imaginação, Erotismo e Visão Decorativa (2009, textos sobre ele). Publicada originalmente em dois volumes, em 1998 e 2005, reunidos em 2009 na edição que sai agora no País, a obra resultou de 15 anos de pesquisas e rendeu à autora o Prêmio Whitbread. Nela, Hilary sustenta que, apesar de ter largado a mulher (pintura 1, abaixo.), aos 70, pela jovem modelo Lydia Delectorskaya (pintura 2), Matisse teve com esta só uma relação platônica, e que por trás de sua arte tranquila vivia um homem profundamente angustiado.

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 Foto: Estadão

ROMANCEEstreia celebrada

Ex-cameraman, operador de telemarketing, segurança, investigador e professor de inglês, o australiano Steve Toltz, de 38 anos, chegou à final do Man Booker Prize 2008 logo com o primeiro livro, A Fraction of the Whole. Perdeu para outra estreia, O Tigre Branco, de Aravind Adiga, mas arrebatou a crítica, do sério Observer ao popular site Ain"t It Cool, que resumiu: "É um exemplo colossal de como a ficção pode ser boa".

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E bote colossal nisso: Uma Fração do Todo, previsto para o final de abril pela Record, trata da relação entre um rapaz temperamental, Jasper Dean, e seu pai, Martin, em várias camadas narrativas ao longo de cerca de 600 páginas.

MEMÓRIASA formação de Milosz

A autobiografia que o Nobel de Literatura Czeslaw Milosz (1911-2004) publicou em 1959, oito anos após o início de seu exílio em Paris, sai em agosto pela Novo Século. Em Reino Nativo, o polonês desfia seus aprendizados morais e intelectuais da infância aos 40 anos, oferecendo ao Ocidente um retrato à época inimaginável da vida num Leste Europeu massacrado pelos conflitos da primeira metade do século 20.

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CLÁSSICODe volta ao Tempo Perdido

Um alento para quem começou a colecionar as reedições de Em Busca do Tempo Perdido pela Globo Livros, em 2006. Após lançar quatro volumes nos primeiros dois anos, e nenhum no terceiro e no quarto, a editora promete seguir com as publicações. O quinto título, A Prisioneira, está previsto para março, e o sexto, A Fugitiva, também deve sair ainda neste ano.

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Nesse ritmo, pode ser que a editora tenha os sete reeditados antes de a Companhia das Letras iniciar os lançamentos de sua tradução, por Mario Sérgio Conti, em 2012.

FUTURO DO LIVRO - 1Enfim, um outro olhar

Depois de tanto ouvirem ladainhas de editores e jornalistas sobre o futuro do livro, os americanos Jeff Martin e C. Max Magee resolveram consultar quem escreverá os livros do futuro. O resultado, The Late American Novel, sai em março nos EUA, com ensaios de nomes que despontaram em tempos de e-readers, a exemplo de Reif Larson (O Mundo Explicado por T.S. Spivet, da Nova Fronteira, que neste ano terá versão interativa em iPad nos EUA) e Benjamin Kunkel (Indecisão, da Rocco).

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FUTURO DO LIVRO - 2Work in progress

Você compraria um livro com a promessa de receber o final só daqui a algumas semanas? Há um assim à venda desde quarta na Amazon e na Barnes&Noble. Maravilhas do e-book: oferecido só para Kindle, Final Jeopardy, de Stephen Baker, narra o esforço da IBM para desenvolver uma máquina capaz de vencer o melhor jogador de Jeopardy, espécie de Show do Milhão dos EUA. Acontece que a batalha final homem vs. máquina, já gravada e mantida a sete chaves, vai ao ar só mês que vem.

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Assim que o programa de TV for exibido, a editora liberará o desfecho do livro digital, com a análise da partida. A versão impressa será vendida, na íntegra, a partir de então.

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 Foto: Estadão

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